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O início da presente semana viu um rol talentosos surfistas locais colocarem-se à prova nas ondas de Kuta Beach, em Bali, no regresso do QS e do Pro Júnior asiático à Indonésia. Aos jovens indonésios, juntaram-se outros que residem na região mas que são originários de países como França, Austrália, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia e… Portugal.

No heat 4 da ronda inaugural da prova a contar para o Pro Júnior, que foi vencida pelo sueco Kian Martin, estiveram em ação os indonésios Dhany Widianto, que terminou como vice-campeão do campeonato, e Dylan Wilcoxen, o sul-coreano Jinhyuk Yang e ainda Dylan Fachadas, que se fazia acompanhar pela bandeira portuguesa. Um nome praticamente desconhecido do panorama do surf nacional, que nos levou a pesquisar algo mais sobre o surfista em questão.

Rapidamente, através das redes sociais, conseguimos chegar à fala com Dylan, que não demorou muito a responder-nos às curiosas questões sobre quem é este pequeno jovem talento e como foi parar à Indonésia. A repostas é mais simples do que o processo possa parecer e tem a pandemia como “culpada”. “Comecei a surfar há somente dois anos, quando começou a pandemia de Covid-19. E apaixonei-me pelo surf muito rapidamente”, conta Dylan Fachadas ao Beachcam, a partir de Bali, onde vive atualmente.

“Nessa altura em que a Covid-19 apareceu, mudei-me para Peniche e surfava todos os dias a seguir à escola. Nessa altura, mal podia esperar que a Indonésia abrisse as fronteiras para me poder mudar para Bali. Acabou por ser uma decisão familiar, mas a verdadeira razão da vinda para Bali foi a qualidade das ondas. Espero que esta mudança se possa concretizar no futuro numa carreira no surf”, conta-nos o jovem grom de apenas 14 anos.

Afilhado de um dos maiores nomes do surf em Peniche, Nuno Silva, Dylan refere que o pai tem sido um grande apoio nesta aventura. “Sem o meu pai nada disto seria possível. Foi ele que teve a ideia de vir para a Indonésia e é ele que me ajuda a melhorar todos os dias. Estou a adorar a experiência. A vida aqui é simples. Bali tem as melhores ondas que já vi e surfei. É aqui que tenho evoluído bastante o meu surf, pois surfo todos os dias, sempre com o objetivo de obter mais e mais evolução”, explica Dylan, que garante que no futuro espera regressar a Portugal e competir nas nossas ondas.

Apesar de ter sido eliminado de primeira, com apenas 4,77 pontos somados, esta foi uma primeira experiência em provas da WSL para o grom de apenas 14 anos. Uma aventura que tão cedo não vai esquecer. “Comecei a competir aqui há cerca de um ano e estou a adorar a experiência. Mas até agora nada se comparou a esta prova da WSL. Aprendi bastante e espero que no futuro possa competir em mais provas destas e consiga chegar a finais”, sublinha o pequeno surfista português, que vive o sonho indonésio.

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