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- No último Nazaré Tow Surfing Challenge, Lourenço vestiu a licra para desempenhar um papel de extrema importância ao qual está 'muito habituado' e adora.
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Em termos coletivos, a terceira edição do Nazaré Tow Surfing Challenge terminou com a vitória da dupla luso-brasileira composta por Nic von Rupp e Lucas Chumbo. No entanto, na hora de erguer o troféu, estes não estavam sozinhos no pódio montado no Porto de Abrigo da Nazaré. Junto de Nicolau e Lucas, estava Lourenço Katzenstein, que também recolheu os louros deste saboroso triunfo.
Os mais desatentos podem não estar tão familiarizados, mas Lourenço é igualmente surfista. Mais dedicado à vertente do free surf, apesar de recentemente ter iniciado a sua trajetória nos campeonatos de surf de ondas grandes. Na Nazaré, ainda pairou no ar a possibilidade de Katzenstein estrear-se no grande evento, mas aquele ainda não era o dia D. "Algum dia chegará a minha oportunidade e cá estarei para aproveitá-la", assegura. Prevaleceu a função que estava inicialmente delineada.
Katz vestiu a licra para desempenhar um papel de extrema importância ao qual está "muito habituado" e adora. O filho de Miguel Katzenstein, um dos criadores da Semente Surfboards, fez parte da equipa de resgate de Nic von Rupp e Lucas Chumbo. Esteve na sombra, mas foi o anjo da guarda em cada alucinante investida destes nas gigantes montanhas de água geradas pelo Canhão. "Este é um desporto de equipa", explica. Uma tarefa de enorme responsabilidade, que acabou recompensada com o prémio máximo.
Em entrevista ao MEO Beachcam, Lourenço Katzenstein falou-nos um pouco sobre esta aventura.
Beachcam (BC) - Lourenço, conta-nos como foi esta experiência de fazer parte da equipa que conquistou o Nazaré Tow Surfing Challenge de 2021/2022?
Lourenço Katzenstein (LK) - Foi incrível. Muita pressão e nervos à mistura, mas acima de tudo estive focado em fazer o meu trabalho da melhor maneira para garantir que eles saíssem vencedores. O Lucas e o Nic fazem a parte deles, que é surfar, e estão a contar comigo. Sabem que estou lá para eles e também é por isso que têm aquela abordagem às ondas. Metem essa responsabilidade em mim e eu adoro estar ali ao dispor deles.
BC - Para além de estares envolvido na equipa de resgate, também és surfista. É fácil mudar o chip de estar em cima da prancha e passar para os comandos da moto de água?
LK - Sim, porque estou muito habituado a fazer as duas coisas. Este é um desporto de equipa. Tanto estou a pilotar, a resgatar ou a surfar. Adoro o que faço. Seja qual for a tarefa, divirto-me bastante. É mesmo brutal! Claro que tenho pena de não surfar no campeonato, mas adoro estar no line-up com a licra vestida, a fazer parte da equipa e a ajudar.
BC - Apesar de estares totalmente focado na tua tarefa, nunca tiveste vontade de saltar da moto e começar a surfar?
LK - Dá imensa vontade. No entanto, algum dia chegará a minha oportunidade e cá estarei para aproveitá-la. Neste campeonato específico, houve alguns big riders que faltaram e a organização ainda entrou em contacto comigo. Estava na lista de espera, mas acabei por não fazer parte da prova. Já mesmo antes do evento arrancar, queriam tentar colocar-me a mim e ao Tó Cardoso como dupla. Porém, devido a questões logísticas não foi possível. Mais anos virão e isto não vai desaparecer. Tenho a certeza de que este campeonato vai continuar por muitos e bons anos. Não há nenhuma onda como a Nazaré.
BC - Recentemente, estiveste presente no campeonato La Vaca Gigante. No futuro próximo vais estar mais dedicado ao free surf ou tens em mente a presença noutras provas?
LK - Fui convidado para participar nas Cabo Raso Surf Sessions, onde vou estar presente com a minha equipa. Depois, também vou competir num campeonato a realizar na Galiza. Para além disso, competi em janeiro no La Vaca Gigante, onde obtive o quarto lugar. Foi o meu primeiro campeonato. Estou a adorar competir.
BC - No surf de ondas grandes, preferes a remada ou o tow-in?
LK - Depende das condições, mas adoro as duas especialidades. Na Nazaré, como também temos uma equipa muito bem conectada, divirto-me mais a fazer tow-in porque consigo apanhar mais ondas. É só mesmo por isso. Quando apanho ondas na remada também é brutal. Sempre remei e vou continuar a remar. Dá-me muita satisfação, mas acabo por surfar menos ondas. Normalmente, prefiro fazer viagens específicas para locais com boas ondas de remada. Apanho altas ondas!
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FotografiaWSL/Laurent Masurel
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FonteRedação
