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  • Eleições FPS, Entrevista João Aranha (Parte 2): 'Todos os membros da nossa lista são isentos e independentes face à Federação'
    24 fevereiro 2022
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    Arquivo FPS/João Aranha
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  • Em caso de reeleição, João Aranha assegura que há o "objetivo de continuar a trabalhar num processo de regulamentação e de enquadramento da atividade do ensino do surfing, sob a égide da FPS".
  • Em tempo de eleições para os Órgãos Sociais da Federação Portuguesa Surf (FPS), o que irá suceder no próximo dia 5 de março, o atual presidente João Aranha concedeu uma entrevista ao Beachcam.

    Uma longa conversa onde o responsável federativo faz um balanço do caminho percorrido até aqui e projeta o futuro, caso venha a ser elegido para um terceiro mandato à frente da Federação que preside desde 2013. Depois de na passada quarta-feira termos apresentado a primeira parte da entrevista com João Aranha, eis a segunda e última parte da mesma.

    Beachcam (BC) - Se for eleito, este será o terceiro mandato na liderança dos destinos da FPS. É a última vez que se está a candidatar ou tudo é ainda muito prematuro?

    João Aranha (JA) - Para já, temos de pensar no presente, solidificar as estratégias e consolidar os projetos em marcha, dotar a FPS de mais e melhores mecanismos que nos permitam evoluir e acompanhar o constante avanço do Surfing. De qualquer forma, e dada a lei vigente, apenas posso exercer o cargo de presidente por 3 mandatos.

    BC - Em relação aos Órgãos Sociais do mandato que agora finda, que novidades apresenta a lista em termos de composição?

    JA - Sempre que se fizeram as composições dos Órgãos Sociais, houve da nossa parte algumas exigências e estratégias. Para começar, quisemos garantir que todos os membros da nossa lista, sem exceção, sejam isentos e independentes face à FPS, sem qualquer laço ou interesse que conflitua com os deveres da Federação. Quisemos também assegurar que cada membro proposto detinha as competências certas para cada órgão e para a posição ocupada. Dou por exemplo o número de licenciados em Direito exigidos.

    Conseguimos também assegurar que, no caso da Direção, cada elemento tivesse uma função mais ligada a uma das modalidades e que, além disso, todos fossem referência nas suas áreas curriculares, na Gestão, Direito, Marketing e Comunicação, etc. Essencialmente todos teriam também que ter uma forte ligação ao surfing. Teriam que estar connosco com sentido de missão, mas também por paixão. Daí termos elementos especialistas nos desportos que a Federação incluí e não apenas o surf.

    Especificamente nesta nova lista e na direção são propostos dois elementos. O Luís Miranda que vem reforçar esta abordagem de dedicação transversal a todas as modalidades, com a sua experiência e dedicação no bodyboard. O Luís trará também consigo a experiência acumulada no projeto Aqua Carca e confiamos que será um elemento muito importante na implementação da área de acompanhamento e orientação aos clubes. E o Rodrigo Meirelles que chega especialmente com o intuito de aportar à FPS toda a sua reconhecida experiência profissional na área da comunicação empresarial e desportiva, bem como nas áreas de publicidade e marketing.

    BC - Que papel pode ter a FPS no controlo do crescimento da modalidade no que diz respeito ao ensino e infraestruturas desse mesmo ensino?

    JA - A visão da minha direção sempre foi a de que a FPS tem de ter um papel central no ensino do surfing em Portugal e foi essa posição que temos vindo a defender ao longo dos últimos anos.

    Por questões que nos ultrapassam, existem várias tutelas sobre as atividades realizadas no mar sendo que, entre todas, o surf é em duvida a com maior expressão (90% dos operadores maritimo-turisticos registados tem atividade ligada ao surf). Esta sobreposição de tutelas tem permitido que o ensino e o treino não se encontrem devidamente enquadrados e regulamentados em aspetos que vão desde o registo ao pagamento de taxas/licenças passando pelos temas da avaliação de qualidade, da ocupação de espaços até ao muito debatido tema da certificação e formação de treinadores.

    É nosso objetivo continuar a trabalhar num processo de regulamentação e de enquadramento da atividade do ensino do surfing, sob a égide da FPS, que permita a coexistência das realidades dos clubes, das escolas e das empresas com fins turísticos num mesmo ecossistema e o desenvolvimento sustentado da modalidade em Portugal.

    A experiência tem-nos também demonstrado que apenas projetos de qualidade, que contribuam para o desporto e para a comunidade são sustentáveis no longo prazo, e é esse fator de equilíbrio que, junto das várias autoridades envolvidas, iremos continuar a trabalhar para atingir.

    Temos noção que existe muita pressão (provocada por um crowd excessivo) nalgumas regiões do país, mas também ainda muito potencial por explorar nos mais de 900 quilómetros de costa que Portugal tem. Há que ter também em conta que fórmulas que resultam numa região podem não resultar noutra e, juntando a isso todos os fatores que a natureza impõe à atividade de ensino/treino, percebe-se a complexidade que envolve uma regulamentação nacional (especialmente se considerarmos que o legislador pouco – ou nada – percebe do surf). É sobretudo aqui, nesta compreensão e “simplificação” da realidade que entendemos que deve estar o papel da FPS.

    BC - Depois da histórica presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio e com Paris aí à porta, há expectativas de um aumento de apoio estatal para o surf?

    JA - Mantemos contacto estreito com o Governo e é evidente que consideramos que cumprimos requisitos para que tal aconteça. Não só para o alto rendimento, o surf olímpico, mas para todo ecossistema do surfing a que presidimos.

    Essa convicção é reforçada pelo trabalho sólido e resultados que temos vindo a apresentar desde 2013 sendo que, por detrás de cada cêntimo a mais que vem do Estado, existe um enorme esforço para o obter e acima de tudo uma enorme responsabilidade para o aplicar de uma forma produtiva e focada no desenvolvimento da modalidade.

    BC - Ao longo de todos estes anos, qual o maior momento que viveu à frente da FPS?

    JA - Foram tantos e a tantos níveis que é sempre difícil escolher o melhor. No entanto, destaco a presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, por ter acontecido em pleno período de pandemia, com todas as dificuldades que tal acarretou e por ser, até hoje, o momento mais alto da modalidade a nível amador, momento em que conseguimos um excelente resultado. Recordo também o lançamento e enorme sucesso da campanha de 'Regresso ao Mar', que já mencionei atrás, mas cuja relevância veio demonstrar o impacto que a prática do surfing tem no panorama nacional. A nível competitivo, realço ainda o relançamento do circuito de esperanças, onde a competição e o nível aumentaram exponencialmente, os três títulos de vice-campeões do mundo da ISA, a medalha de ouro da Marta Paço no Para-Surfing e o ouro da Teresa Almeida no Mundial de Bodyboard da ISA.

     

     

     

     

     

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