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- Depois de não se ter conseguido impor no WQS, Natxo afirmou-se no free surf, nas Ondas Grandes e nos eventos especiais. E já vão dois triunfos nas últimas semanas!
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Tem apenas 26 anos, mas é já um dos mais atirados e experientes surfistas do Velho Continente. Natural da pequena cidade de Plencia, no País Basco, cedo começou a dar nas vistas entre os jovens da sua geração, aspirantes aos lugares mais altos dos pódios europeus. Apesar de todo o potencial que cedo demonstrou, o caminho percorrido acabou por não ser tão tradicional como tantos outros. Ainda assim, Natxo González não perdeu tempo e atirou-se de corpo e alma ao surf. Foi assim que, apesar da tenra idade, já se tornou num verdadeiro waterman, que brilha em qualquer sessão. Quer estejam tubos perfeitos ou ondas gigantes. Num qualquer beachbreak pesado ou na mais sinistra das lajes.
Natxo é, sem muitas dúvidas, o surfista europeu do momento. Sobretudo, nesta época invernal em que os circuitos competitivos estão parados. Não foi por coincidência que o mais completo surfista da nova geração basca limpou os dois últimos eventos que se disputaram no país vizinho. Primeiro nos tubos mutantes do slab de El Quemao, em Lanzarote, nas Canárias. Mais recentemente, nas ondas gigantes da Cantábria, ao vencer o La Vaca Gigante, em Santander, repetindo um triunfo que já tinha conseguido ainda muito jovem, em 2016.
Natxo González foi um nome difícil de bater no passado, nas provas juniores, onde cresceu a competir com surfistas como Vasco Ribeiro e Tomás Fernandes. No currículo conta com duas vitórias no Pro Júnior europeu. A primeira delas em Lacanau, em 2013, com apenas 17 anos, terminando à frente de Vasco Ribeiro na final. Dois anos mais tardes voltou ao lugar mais alto do pódio, desta vez, em Espinho. Nesse mesmo ano já tinha sido vice-campeão no Pro Júnior da Caparica e já mostrava toda a sua aptidão tubular, com um incrível 3.º posto no Pro Júnior de Pipeline.
Chegou a lutar pelo título europeu e participou em Mundiais Juniores. Contudo, a transição para o WQS não foi fácil. Nunca saiu da Europa à procura de pontos e fez pouco mais que quatro ou cinco eventos por ano. Nos dois primeiros anos como sénior, já com as ondas grandes metidas pelo meio, o melhor que conseguiu foi um 13.º posto final em Zarautz, em 2017. Tudo somado, Natxo nunca conseguiu terminar uma temporada no top 350 mundial do WQS – a melhor posição foi o 387.º posto, em 2016. Em 2018 ainda voltaria a Zarautz para aquela que foi a única etapa que fez nesse ano e que seria a despedida do WQS até hoje.
Sem resultados que correspondessem ao seu talento e com a paixão pelas ondas grandes e tubulares a crescer, Natxo soube olhar com perseverança para o futuro, fazendo do freesurf aquilo que poucos atualmente conseguem fazer. Rentabilizou-se, especializou-se e tornou-se hoje um nome incontornável do surf europeu. Os eventos especiais têm servido de palco de toda a sua categoria, sobretudo depois do final do Big Wave Tour, onde já era um dos nomes em maior evidência, apesar da juventude.
Depois de boas performances como convidado no histórico Punta Galea Challenge, no seu País Basco, Natxo deu o passo natural para o circuito, em 2015. Com a entrada na Nazaré no jogo, o jovem basco transcendeu-se e criou uma relação com a Praia do Norte que lhe rendeu o 3.º posto final em 2017 e 2018. Nesse ano de 2018 conseguiu uma famosa nota 10, depois de um tubo surreal. Uma performance que o ajudou a terminar como top 5 mundial do circuito de ondas grandes. Além disso, ainda figurou nos finalistas dos Big Wave Awards 2019 nas categorias de Best Overall Performance e Ride of the Year. Nada mau para um jovem de 23 anos…
Natxo González, indubitavelmente, foi um dos grandes prejudicados pelo final do Big Wave Tour, até porque sempre se mostrou mais na remada que no Tow-in. Com a WSL a ficar apenas com o evento de Jaws, no Havai, para a remada, Natxo acabou por nunca conseguir figurar entre os eleitos. Embora, hoje em dia poucos mereçam tanto lá estar como ele. A performance recente na Cantábria assim o comprova. O mais fiel discípulo de Aritz Aranburu no surf basco pode já considerar-se uma espécie de Nic von Rupp do país vizinho. O mediatismo é cada vez maior e daqui para a frente promete ser sempre a somar. Pelo meio, contem com ele para as mais variadas missões em busca de ondas novas e muita adrenalina.
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FotografiaEl Quemao Class
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FonteRedação
