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- A nova reserva é intitulada de Irmandade e possui 60 mil quilómetros quadrados.
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Na passada sexta-feira, dia 14 de janeiro, o Equador inaugurou uma grande reserva ao redor das ilhas Galápagos, numa cerimónia que contou com a participação de líderes internacionais, que apoiam mais um passo para o estabelecimento da maior área marinha protegida do planeta.
A cerimónia decorreu em água, a bordo do navio Sierra Negra atracado na baía de Puerto Ayora, na ilha de Santa Cruz. Contou com a presença do presidente colombiano Iván Duque, do ex-presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton, e de delegações de alto nível da Costa Rica e Panamá, entre outros.
"Um oceano protegido permitirá proteger-nos das mudanças climáticas", salientou o presidente do Equador, Guillermo Lasso, citado pela agência noticiosa EFE.
O chefe de Estado equatoriano assinou um decreto que formaliza a criação desta nova reserva, que inclui 60 mil quilómetros quadrados, que serão adicionados às áreas protegidas já existentes de 138.000 quilómetros quadrados.
"Podemos ser um território de pequenas dimensões e a nossa pegada ambiental pode ser insignificante em comparação com a de países mais ricos, mas o planeta também é nosso. Diante do desafio de protegê-lo, estamos a ficar maiores", sustentou Lasso, que com o decreto estabeleceu a reserva marinha intitulada Irmandade.
Para o governo do Equador, esta decisão, anunciada em novembro durante a conferência do clima das Nações Unidas (COP26), é "um marco" que faz parte da "maior troca de dívida por conservação feita no mundo".
Esta nova reserva estabelecerá um corredor marítimo entre o arquipélago das Galápagos e a ilha dos Cocos, na Costa Rica, conhecida como 'migravía', por ser a passagem para dezenas de espécies protegidas.
O líder colombiano recordou que proteger as áreas marinhas não envolve apenas garantir que estas não estão sujeitas a exploração, mas também "garantir a sobrevivência de mais de 40% das espécies marinhas em todo o mundo".
A reserva projetada em torno das ilhas equatorianas, declarada património natural da humanidade pela UNESCO em 1978, também ajudará a limitar a pesca indiscriminada nesta área do Pacífico tropical, habitada por 95% de espécies únicas.
Esta área protegida contará com 30 mil quilómetros de zona de não-pesca localizada na Serra dos Cocos e 30 mil quilómetros de zona de não-pesca localizada junto à reserva marinha no noroeste. Também servirá como laboratório vivo para o desenvolvimento da investigação científica.
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FonteRedação
