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Já lhe chamam o “Icemageddon”. Os termómetros registaram valores recordes em dezembro no Alaska e os cientistas ficaram em alerta com o sucedido. Apesar de ser inverno, nunca se havia registado uma temperatura tão alta no mês de dezembro, como os 19,4 graus Celsius que se fizeram sentir na ilha de Kodiak, no passado domingo.

Os cientistas alertam que as temperaturas amenas, chuvadas em vez de quedas de neve e humidade no ar do Alasca no inverno são um sinal claro das alterações climáticas. O cientista Rick Thoman, do Centro de Avaliação e Política Climática do Alasca, que, ao jornal The Guardian, considerou a situação um "absurdo".

Uma vaga de calor, incomum para o período de inverno, levou o Alasca, nos Estados Unidos, a atingir temperaturas diurnas acima dos 15,5° C e a registar chuvas fortes. Nesta época do ano, o Alasca costuma assistir a frio intenso e neve.

As temperaturas amenas que se fazem sentir incluem marcas como os 18,3° C atingidos no aeroporto de Kodiak, um recorde de 16,6° C na comunidade de Cold Bay na Península do Alasca, e pelo menos oito dias de temperaturas acima de 10º C em dezembro, na cidade de Unalaska. O registo de 13,3º C fez com que este Natal tivesse sido o mais quente no Alasca.

As vagas de calor e humidade no inverno tornaram-se mais frequentes no Alasca nas últimas duas décadas, o que é interpretado como um sinal das alterações climáticas, alerta Rick Thoman.

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