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A temporada de 2021 no que diz respeito ao bodyboard de competição chegou ao fim em grande estilo no passado domingo, dia 19 de dezembro. Data na qual a Praia de São Jacinto recebeu o Aveiro Bodyboard Invitational 2021.

Um evento especial que reuniu os melhores bodyboarders nacionais da presente época e ainda alguns atletas convidados. Um total de 24 bodyboarders (16 homens + 8 mulheres) estiveram em prova, sendo que no final foram Ricardo Rosmaninho e Isabela Sousa a cantar vitória. 

A competição organizada pela BBoard TV e a Câmara Municipal de Aveiro adotou um formato diferente daquele que é verificado no Circuito Nacional de Bodyboard Open. Tudo para privilegiar o risco e o espetáculo.

Neste formato, os atletas disputavam duas rondas com a melhor onda a contar para uma média que depois facultava o acesso às meias-finais (final direta na competição feminina). Nas meias-finais e finais contava apenas a melhor onda. O objetivo: incitar os atletas a fazer o surf mais progressivo possível e deixar a cautela competitiva que caracteriza o formato tradicional de duas ondas por bateria para trás.

Entre as senhoras, mandou a quatro vezes campeã mundial Isabela Sousa. Na final, a bodyboarder brasileira cilindrou a concorrência lusa. Para isso, contribuiu de forma decisiva um espetacular backflip, que valeu a única nota máxima (10,00 pts) de todo o campeonato, homens e mulheres incluídos. Nas posições seguintes ficaram Filipa Broeiro (5,07 pts), a nova campeã nacional Open Teresa Padrela (5,00 pts) e Madalena Padrela (4,00 pts). 

O campeonato disputado em São Jacinto ajudou Isabela Sousa a compensar a ausência de competição internacional nos últimos dois anos por causa da pandemia. “Estive dois anos sem competir. Em 2021, tive o Sintra Portugal Pro, mas continuei sem grandes competições. Fiquei com vontade de mais e este campeonato ajudou-me a aquecer para o regresso às provas em fevereiro próximo. O mérito deste momento de forma deve-se a vários fatores: o novo wax que tenho vindo a desenvolver e que ajuda a segurar melhor a prancha e a resolução de várias questões emocionais e físicas. Tudo isso ajuda a encontrar um equilíbrio e a render mais.”

E quanto à nota máxima obtida na final? “Estou muito feliz porque estava algo apreensiva com este formato de uma onda, já que estou habituada a montar a minha estratégia em duas ondas. Felizmente, acabei por me adaptar muito bem e fui soltando-me ao longo da competição, conseguindo melhores notas até ao 10 da final.”

Na competição masculina, o domínio de Ricardo Rosmaninho não foi tão evidente quanto aquele exibido por Isabela, mas foi o suficiente para levar de vencida a aguerrida concorrência. Ricardo conseguiu na sua primeira onda da final um 8,75 pts, que acabaria por assegurar o triunfo diante de Miguel Adão (8,5 pts), Fábio Ferreira (6,75 pts) e do brasileiro Isaías Ravic (5,5 pts).

Rosmaninho, bodyboarder que há vários anos persegue o título nacional Open, congratulou-se pelo sucesso neste evento especial. “Foi um ano menos bom, apesar de ter começado com uma final na Figueira, mas agora foi um bom campeonato e mostra que para o ano ainda será melhor. Ajudou a motivar o facto de saber que tínhamos período de espera e boas ondas para surfar. Para além disso, o detalhe de contar apenas uma onda fez com que arriscasse mais. Dei-me bem com isso”.

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