Homepage
- Este foi um ano de contrastes no Circuito Nacional. De um lado tivemos a vitória da experiência e da veterania, enquanto do outro superiorizou-se a irreverência da juventude. Todos unidos pela paixão ao bodyboard.
-
-
No que toca às competições dos desportos de ondas em Portugal no ano de 2021, uma das mais bonitas histórias aconteceu no bodyboard e teve Manuel Centeno como rosto principal, essa lendária figura do bodyboard luso.
Porém, para chegarmos ao feito inspirador e estrondoso que foi alcançado no passado mês de novembro, temos de recuar a 2020 e curiosamente sempre com a Capital da Onda, Peniche, como palco destas gestas para a eternidade.
Já na casa dos 40 anos, Centeno havia mostrado que quem sabe nunca esquece e que ainda tinha muito bodyboard para dar água pela barba aos jovens valores nacionais da disciplina inventada pelo icónico Tom Morey, desaparecido em outubro último.
Nas ondas do Pico da Mota, o atleta nortenho não deu hipóteses à feroz concorrência e tornou-se no primeiro bodyboarder português da história a vencer uma etapa do Circuito Nacional já depois de ter soprado as velas do 40º aniversário. Este foi um ano, no qual Manuel Centeno mostrou muito boa forma. Fez três finais em quatro etapas, tendo encerrado a temporada como vice-campeão nacional Open. Só Daniel Fonseca, campeão pelo segundo ano consecutivo, resistiu às investidas de Manuel.
Insaciável, como é a marca dos grandes campeões, e com uma forma física invejável, o consagrado bodyboarder voltou à carga em 2021. Uma campanha na qual esteve presente nas finais das três etapas realizadas e rematou toda esta caminhada com uma brilhante vitória em Supertubos. No entanto, esta não foi uma vitória qualquer. O triunfo obtido nas altas ondas dos Super proclamou Manuel Centeno como campeão nacional Open de bodyboard aos 41 anos de idade.
Não chegou a Peniche no comando das operações do ranking nacional masculino e as contas estavam longe de ser as mais fáceis. No entanto, a eliminação precoce do então líder Miguel Ferreira fez Manuel Centeno "cheirar o sangue", qual tubarão predador.
Uma performance sublime durante todo o campeonato penichense abriu as portas para o nono título nacional Open da carreira, 21 anos depois do primeiro (!) e cinco após a última conquista. Só para termos uma noção da longevidade de Centeno, Miguel Ferreira era um recém-nascido quando Centeno estreou-se como campeão Open.
Tudo feito com a máxima paixão e entusiasmo por parte de alguém que já não tem nada a provar a ninguém e que mostra em cada ida para a água que nunca é tarde para fazermos aquilo que gostamos e concretizarmos os nossos sonhos. Um verdadeiro exemplo para todos aqueles que amam o bodyboard e o desporto no geral.
Para além de Manuel Centeno, a temporada de 2021 do Circuito Nacional de Bodyboard ficou ainda marcada pelo fim da dinastia de Joana Schenker. Depois de sete títulos nacionais consecutivos, Joana passou o testemunho a Teresa Padrela, também ela consagrada nas ondas dos Supertubos.
Um ano de contrastes no Circuito Nacional. De um lado tivemos a vitória da experiência e da veterania, enquanto do outro superiorizou-se a irreverência da juventude. Entre Manuel Centeno e Teresa Padrela há 20 anos de diferença. Separados pela idade, mas unidos com todas as forças do mundo pela mesma paixão e entrega a uma modalidade.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram
-
-
FotografiaHélio António/CNBB CA
-
FonteRedação
