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- Pela primeira vez na história do surf de competição, os dois campeões mundiais foram encontrados no mesmo dia.
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Nos últimos largos anos, tornou-se habitual ver a decisão do título mundial de surf masculino ser decidida anualmente a cada mês de dezembro em Pipeline, na onda rainha do surf mundial. Essas emoções fortes aconteciam na mítica janela de espera de 8 a 20 de dezembro.
Por sua vez, as senhoras tinham em Honolua Bay, na ilha havaiana de Maui, o palco de todas as decisões. Porém, nada é eterno. Por isso, entre as muitas revoluções levadas a cabo por Erik Logan e os seus acólitos, a World Surf League (WSL) decidiu para a temporada de 2020/2021 renovar o formato de apuramento dos campeões mundiais.
Desta forma, Pipeline e Honolua Bay não foram o ponto de chegada, mas sim de partida para um curso que terminou com a inédita finalíssima na onda de Trestles, no estado norte-americano da Califórnia. Um campeonato em modo expresso, com apenas um dia de duração, onde quem saísse vencedor do mesmo sagrava-se automaticamente campeão do mundo de surf. Desta forma, pela primeira vez na história do surf de competição os dois campeões mundiais foram encontrados no mesmo dia.
Nesse confronto final, realizado no passado dia 14 de setembro, apenas estiveram presentes 10 surfistas (5 homens + 5 mulheres). Um lote composto pelos melhores atletas durante a temporada regular, que em tempos de pandemia acumulou sete etapas, quatro delas na Austrália.
Desde a primeira hora, este novo formato gerou muita polémica. Foram muitas as vozes que se manifestaram contra esta forma de encontrar os campeões mundiais, que colocou de lado a premiação dos surfistas que foram os mais regulares em diferentes tipos de ondas ao longo de um ano competitivo.
No entanto em Trestles, naquele foi que foi o dia de competição mais visto de sempre das provas da WSL até ao momento, superiorizaram-se os surfistas que dominaram a seu bel-prazer a época regular e chegaram aos Estados Unidos da América na liderança dos respetivos rankings mundiais. Falamos de Gabriel Medina e Carissa Moore.
O brasileiro, que sucedeu no topo do surf mundial a Ítalo Ferreira, atingiu um marco na sua carreira ao arrecadar o terceiro título mundial, entrando numa restrita turma. Para aqui chegar, teve de suplantar o compatriota Filipe Toledo, especialista da onda de Trestles, pois tem residência bem ali perto. Porém, nem esse importante plus impediu de perder dois heats consecutivos e consequentemente o título para Gabe. Para trás, nas meias-finais, Toledo havia terminado com as esperanças de Ítalo em tornar-se no primeiro surfista brasileiro a revalidar com o sucesso o título mundial.
Já Carissa Moore tornou-se campeã mundial pela quinta vez na sua carreira e revalidou o título conquistado em 2019. Apesar da forte réplica de Tatiana Weston-Webb na final, venceu o primeiro heat deste duelo, Carissa reagrupou e rematou um ano de sonho, uma vez que já havia conseguido o ouro olímpico em Tóquio'2020.
Para a história fica também a superioridade brasileira manifestada na mundialmente conhecida onda de performance de Trestles. Dos quatro finalistas, três eram originários da Terra de Vera Cruz. A Gabriel Medina juntaram-se os vice-campeões mundiais Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb. Só a havaiana Carissa Moore rompeu com este padrão.
Assim foi a histórica finalíssima de Trestles, um modelo pensado para atrair mais público para esta causa e consequentemente alavancar o nível de audiências em torno da definição dos campeões mundiais à boa maneira norte-americana. A fórmula volta em 2022, mas para já está no segredo dos deuses o local onde tudo irá acontecer. Sabe-se apenas que tudo acontecerá novamente em setembro.
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FotografiaWSL
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FonteRedação
