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- Portugal, comparativamente com Espanha, está 18 lugares à frente, e seis lugares acima do bloco da União Europeia.
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No âmbito da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP26), que decorre na cidade escocesa de Glasgow, foram revelados esta terça-feira os resultados do último Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (CCPI 2022).
O documento tem a responsabilidade da organização não-governamental de ambiente alemã Germanwatch e do NewClimate Institute, sendo publicado em conjunto com a Rede Internacional de Ação Climática (Climate Action International – CAN International).
Este é um índice que tem como objetivo "colocar pressão política e social sobre os países que, até agora, não conseguiram tomar medidas ambiciosas que garantam a estabilidade climática global", sendo que peritos das associações ambientalistas ANP|WWF, Quercus e ZERO contribuíram para a avaliação das políticas climáticas nacionais e internacionais de Portugal.
No CCPI 2022, Portugal subiu um lugar em comparação com o ano passado, ocupando agora a 16ª posição, estando inserido no lote de países que recebeu uma classificação geral "alta". Comparativamente com Espanha, Portugal está 18 lugares à frente e seis lugares acima do bloco da União Europeia.
Em comunicado, a ZERO reporta que aos olhos dos especialistas Portugal atingiu "classificações elevadas nos indicadores de nível atual do CCPI e classificações relativamente baixas nos indicadores de tendência".
As "emissões per capita (excluindo florestas e uso do solo), assim como o uso de energia per capita, ainda estão a aumentar, enquanto a parcela de energia renovável no uso de energia tem vindo a aumentar menos, o que levou a classificações baixas nos respetivos indicadores de tendência (2014-2019)".
Os especialistas consideram que o país deve seguir um "caminho claro de descarbonização" no setor dos transportes, com "desincentivos para o uso do carro particular" e "mais investimentos no transporte público".
Apela-se igualmente a "novas políticas que deem maior prioridade à energia fotovoltaica descentralizada" ao mesmo tempo que são exigidos "prazos concretos para eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis". Por último, sugere-se que Portugal fixe o "objetivo da neutralidade carbónica antes de 2050".
O CCPI 2022 tem a Dinamarca como o país mais bem cotado, mas nenhuma nação recebeu o estatuto de desempenho "muito alto", o que significa estar a fazer o suficiente para limitar o aumento do aquecimento global a 1,5ºC acima da era pré-industrial até ao fim do século XXI.
Num índice sem pódio atribuído, Dinamarca, Suécia, Noruega e Reino Unido ocupam os cimeiros com desempenho "alto", enquanto o Canadá, Irão, Arábia Saudita e Cazaquistão estão nas últimas posições de uma lista de 60 países mais a União Europeia, que aparece em 22º lugar com um desempenho "médio".
Onze países dos 20 com as maiores economias, que são responsáveis por 75% das emissões poluentes mundiais, têm um desempenho "baixo" ou "muito baixo" de acordo com o índice. Estados Unidos da América, Austrália e Rússia têm um desempenho global "muito baixo" e a China, África do Sul e Espanha têm uma classificação de "baixo".
Para a elaboração do Índice de Desempenho das Alterações Climáticas, os parâmetros avaliados são o nível de emissões de gases com efeito de estufa, com um peso de 40%, energias renováveis, consumo de energia e políticas climáticas, que contam 20% cada uma para a avaliação final.
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FonteRedação
