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- Os animais foram libertados numa das duas zonas de santuário recentemente criadas na ria, entre Faro e Olhão.
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Um grupo de 60 cavalos-marinhos, a maioria nascidos em cativeiro, foi libertado na passada terça-feira na Ria Formosa, naquela que foi a primeira ação de repovoamento no local onde há 20 anos se concentrava a maior comunidade de cavalos-marinhos do mundo.
Esta foi uma iniciativa realizada pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve ao abrigo do projeto Seahorse, com financiamento da Fundação Belmiro de Azevedo.
Os peixes foram libertados numa das duas zonas de santuário recentemente criadas na ria algarvia, entre Faro e Olhão, onde foram colocadas estruturas artificiais que recriam o seu habitat natural, para que ali se possam fixar, explicou Rui Santos, investigador e professor na Universidade do Algarve.
A maior parte destes cavalos-marinhos nasceu nos tanques da Estação Marinha do Ramalhete, em Faro, mas os seus progenitores são espécimes que viviam em ambiente selvagem e que foram para ali levados com o intuito de se reproduzirem, contribuindo, assim, para a conservação da espécie.
A iniciativa, realizada ao abrigo do projeto Seahorse, só "faz sentido pelo facto da introdução ser feita numa área protegida, caso contrário ficariam expostos a efeitos negativos que possam ainda existir na ria”, sublinhou Jorge Palma, investigador do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, notando que o objetivo é que os animais fiquem concentrados no santuário.
Daqui a um mês a equipa vai voltar ao local para monitorizar a evolução da nova população, tarefa facilitada pelo facto de estes peixes terem, consoante a espécie, características físicas que os distinguem entre si, permitindo também diferenciá-los dos que já estavam na natureza.
“Antes de libertá-los tirámos fotos a cada um e eles têm uma marcação natural que nos permite distingui-los”, observou Jorge Palma, explicando que os Hippocampus hippocampus (espécie de focinho curto) têm uma marcação no topo da cabeça e os Hippocampus guttulatus (espécie de focinho comprido) um padrão de pintas no corpo.
Recorde-se que a população de cavalos-marinhos na Ria Formosa tem sofrido uma redução drástica nas últimas duas décadas. “Houve uma redução de 96% dos efetivos”, disse Jorge Palma.
Tal cenário deve-se a fatores como as alterações ambientais, a destruição de pradarias de ervas marinhas, o seu habitat, a pesca ilegal ou o excesso de tráfego de embarcações.
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FonteRedação
