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  • Depois de um hiato forçado de dois anos, a Associação de Surf da Costa de Caparica voltou a organizar competições.
  • A Praia do Marcelino, na Costa de Caparica, recebeu no passado fim de semana a etapa única do circuito ASCC Caparica Power 2021 sponsored by Almada Forum powered by Native Açaí.

    Uma competição realizada debaixo de um sol radioso, muito público a assistir na praia e uma ondulação de gala, neste que foi um regresso em grande estilo da ASCC à organização de competições após um hiato forçado de dois anos devido à pandemia. 

    Esta etapa contou com a presença de vários atletas que este ano competiram nas provas do circuito mundial de qualificação da World Surf League (WSL) realizadas em Portugal. São o caso de Francisco Almeida, Diogo Martins, Alan Saulo, Jéjé Vidal, Ian Costa, Cainã Souza, André Moi, Jaymes Triglone, entre outros.

    Ao longo dos dois dias de prova foram vários os surfistas que realizaram ondas na casa da excelência como foi o caso de Martim Paulino, Jéjé Vidal, Francisco Queimado, Alan Saulo e Francisco Mittermayer.

    No passado domingo, as finais realizaram-se já com a maré a vazar e com a mudança do vento para onshore fraco, o que afetou a formação das ondas colocando dificuldades aos surfistas em escolher as melhores.

    Na categoria Open, Alan Saulo começou melhor a final. Liderou a mesma quase até ao fim com uma onda de 7,17 pontos (em 10 pontos possíveis) a que juntou um backup de apenas 2,43 pts. No entanto, Jéjé Vidal acreditou até ao soar da buzina que era possível alcançar a vitória e reagiu com duas ondas de 5,73 pts e 4,77 pts perfazendo o score combinado de 10,50 pts, que foi suficiente para agarrar o primeiro lugar e sagrar-se campeão da etapa e do circuito deste ano. Alan Saulo foi vice-campeão, Davi Neves ficou em terceiro e André Moi quedou-se pelo quarto posto.

    “Foi uma final super difícil, mas foi bom competir com os meus amigos”, começou por referir Jéjé visivelmente esgotado. “Já competi aqui três vezes e perdi sempre nas meias-finais. Porém, hoje disse a mim mesmo que tinha de quebrar essa barreira. Fiquei muito contente. A final foi complicada, pois demorei muito tempo a ir até ao outside e fiz apenas duas ondas. Levei com muitas ondas na cabeça e a segundos do fim é que descobri uma onda um bocado branca que reformou e deu para manobrar. Nunca vi ondas tão grandes na Caparica e surfei com uma prancha 5’11”, que mais parecia um skate. Parabéns e obrigado à organização”, concluiu o surfista originário de São Tomé e Príncipe.

    No feminino, as surfistas encheram-se de coragem para enfrentar condições que raramente surfam no dia a dia. Na luta contra a força do mar foi a local Benedita Teixeira quem se adaptou melhor levando para casa a vitória e o título de campeã. Maria Dias, que havia sido a surfista em destaque no primeiro dia de competição, terminou em segundo lugar, com Camila Cardoso em terceiro e Sofia Matos em quarto.

    “Este fim de semana foi muito desafiante”, afirmou a campeã. “Foi uma luta para todas nós e a meio da bateria lá consegui encontrar uma onda boa e com power. Não fiz o meu melhor surf, mas consegui fazer o suficiente para ganhar. Gosto de mar grande, mas até certos limites. Vou continuar a treinar até final do ano e preparar-me para competir em 2022 na Liga MEO Surf, no regional da Grande Lisboa com o intuito de obter o apuramento para a finalíssima nacional, nos eventos Pro Júnior e ainda lutar para estar na Seleção Nacional,” concluiu.

    Na nova categoria de Sub-21, o local Martim Paulino deu sequência ao domínio que havia mostrado no dia anterior em que tinha feito um tubo que valeu 9,70 pts. O novo campeão nacional Sub-18 terminou a final com o score combinado de 15,10 pts. Francisco Queimado chegou ao patamar da excelência com uma onda de 8,00 pts, mas não foi suficiente para vencer, tendo sido vice-campeão. Guilherme Costa ficou em terceiro e Francisco Mittermayer no quarto posto.

    “Foi bom voltar a competir na Costa, que é um campeonato que adoro fazer”, referiu Martim. “As ondas estavam de gala no sábado e hoje de manhã também. Durante a tarde, o mar subiu e as condições ficaram desafiantes. Foi um ano complicado em termos de resultados, mas com estas vitórias em dois campeonatos consecutivos estou mais confiante com o meu surf. A novidade desta nova categoria é muito positiva porque há bons atletas e um grande nível de surf. Assim, podemos competir mais uns anos antes de entrar na categoria Open,” salientou.

    Entre os Sub-16, a vitória sorriu a Tomás Nunes. O jovem atleta venceu todas as baterias que disputou. Afonso Pinto ficou na segunda posição, Henrique Gomes em terceiro e Mário Leopoldo foi quarto.

    A etapa única do ASCC Caparica Power 2021 já contou como prova de qualificação para um Special Event do circuito de 2022, que será composto por três etapas. Os três melhores resultados dos atletas no conjunto das quatro provas servirão de qualificação para esse novo evento especial.

    Os qualificados no somatório das três melhores etapas que darão acesso ao Special Event de acordo com as categorias são:

    Open – Top 24 + 2 WC

    Open feminino – Top 12

    Sub-21 – Top 3

    Sub-16 – Top 3

    “Após dois anos parados devido à pandemia, o balanço do regresso da ASCC aos campeonatos é muito positivo,” referiu o presidente da ASCC, Miguel Gomes. “A Costa de Caparica esteve com condições de gala e assistimos a um excelente nível de surf com a presença de vários atletas que competem no circuito mundial de qualificação da WSL. A novidade da categoria de Sub-21 é muito positiva porque permite aos surfistas juniores competirem mais uns anos com adversários do seu nível, não tendo obrigação de entrar logo no Open. Continuamos a trabalhar para termos o melhor circuito de intersócios a nível nacional. Agradecemos aos nossos patrocinadores que se mantiveram connosco apesar da paragem destes dois anos e um agradecimento especial à Câmara Municipal de Almada e à Junta de Freguesia da Costa de Caparica”, rematou.

    A ação na Praia do Marcelino irá continuar no próximo fim de semana com a realização do ASCC Super Groms sponsored by Almada Forum powered by Native Açaí, um evento dedicado à nova geração e que irá disputar-se nas categorias de Sub-8, Sub-10, Sub-12 e Sub-14 masculino e feminino.

    Classificação: 

    Open

    1º Jejé Vidal 10,50 pts
    2º Alan Saulo 9,60 pts
    3º Davi Neves 6,33 pts
    4º André Moi 5,50 pts

    Feminino

    1ª Benedita Teixeira 6,07 pts
    2ª Maria Dias 5,24 pts
    3ª Camila Cardoso 5,00 pts
    4ª Sofia Matos 1,60 pts

    Sub-21

    1º Martim Paulino 15,10 pts
    2ª Francisco Queimado 13,93 pts
    3º Guilherme Costa 11,40 pts
    4º Francisco Mittermayer 7,93 pts

    Sub-16

    1º Tomás Nunes 12,07 pts
    2º Afonso Pinto 9,90 pts
    3º Henrique Nunes 8,53 pts
    4º Mário Leopoldo 3,77 pts

     

     

     

     

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    ASCC/Caparica Waves
  • Fonte
    Redação
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