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- Cancelamento de um QS em Sunset previsto para este mês está a gerar bastantes críticas ao governo local.
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A comunidade surfista havaiana vive dias de preocupação e a contestação começa a aumentar, visando o poder local e as medidas tomadas em prol da pandemia. Isto porque os cancelamentos de provas estão a multiplicar-se. Algo que deixa os aspirantes a profissionais em terra e sem poderem competir e evoluir.
Tal como já tínhamos noticiado entre as novidades no calendário do WQS, a prova prevista para acontecer em outubro em Sunset Beach desapareceu do mapa. Tudo aconteceu porque o estado de emergência declarado pelo governo havaiano não permite a realização destes eventos, o que acabou por originar o cancelamento.
Sunset deixou de receber a mítica prova QS10000 da Triple Crown, uma vez que passou a ter uma prova no circuito principal, deslocada para fevereiro. Antes dessa prova também existia o histórico Hic Pro, um QS3000 que servia de aquecimento para a Triple Crown. Mas com as mudanças de calendário este ano iria existir apenas um QS1000, dirigido sobretudo para os jovens talentos regionais. Só que nem isso aconteceu.
Esta situação está a deixar a comunidade surfista local transtornada, uma vez que a região havaiana é uma das que está praticamente há dois anos. A Hawaii Surfing Association e a World Surf League pouco conseguem fazer para contornar as exigências locais e agora teme-se pelas próximas competições, onde está incluindo o Pipe Masters de Janeiro, que serve de abertura para o CT 2022.
“Os miúdos do Havai não estão a treinar. Tiveram apenas um campeonato em dois anos”, comentou o treinador Jen Tema à televisão local. “Os miúdos que têm o sonho de se qualificar para o Tour não o podem tentar porque nem sequer têm pontos”, frisou.
Embora este fim-de-semana tenha acontecido uma competição local, a prova do QS de Sunset acabou por ser cancelada devido às regras atuais, que não permitem ajuntamentos de pessoas no mesmo local. Medidas que desagradam a comunidade surfistas, uma vez que as provas são ao ar livre e desportos de maior contacto como o futebol americano ou o futebol já conseguiram permissão para regressar.
O governador local já afirmou à estação de televisão havaiana que estão a trabalhar com as entidades locais e com a WSL para que se consigam as permissões para contornar esta situação, embora muitos dos responsáveis pelo surf havaiana consideram esta situação quase como uma afronta cultural, sobretudo em comparação com o que está a acontecer noutros desportos.
“Em todo o lado se pode surfar, até em países de terceiro Mundo. A Austrália e a Europa estão a apoiar o surf e a realização de campeonatos. Há programas desenvolvidos pelo governo para levarem lá os melhores surfistas, mas no Havai não. Por que razão? Estamos a falar do berço do surf. O que diria Duke sobre isto?”, questionou Kahea Hart, antigo competidor e atual treinador.
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Fotografiawsl
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FonteRedação
