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- A poluição causada pelas atividades em terra, como a agricultura e a indústria, está a ter impacto nos ecossistemas marinhos.
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Esta quarta-feira, o Serviço de Monitorização do Meio Marinho do programa Copernicus revelou que o nível do mar continua a subir a um ritmo alarmante de 3,1 milímetros por ano. Para este cenário tem contribuído o aquecimento global e o derretimento do gelo na Terra.
Mais de 150 cientistas, de cerca de 30 instituições europeias, colaboraram no trabalho apresentado. De acordo com as conclusões, os oceanos estão a passar por “mudanças sem precedentes”, o que terá “um enorme impacto” no bem-estar humano e nos ambientes marinhos.
“As temperaturas da superfície e subsuperfície do mar estão a aumentar em todo o mundo e os níveis do mar continuam a subir a taxas alarmantes: 2,5 milímetros por ano no Mediterrâneo e até 3,1 milímetros por ano globalmente”, escreveram os peritos num documento que é apresentado como sendo uma referência para a comunidade científica, decisores e público em geral.
Na última década, o aquecimento dos oceanos e o aumento de salinidade intensificaram-se no Mediterrâneo. “Estima-se que o aquecimento do Oceano Ártico contribua com quase 4% para o aquecimento global dos oceanos”, lê-se no relatório.
A combinação destes fatores pode causar “eventos extremos” em áreas mais vulneráveis, como Veneza, onde em 2019 uma subida do nível das águas fora do comum, uma forte maré e condições climatéricas extremas na região provocaram a chamada 'Acqua Alta'. O nível da água subiu para um máximo de 1,89 metros. “Este foi o nível de água mais alto registado desde 1966 e mais de 50% da cidade foi inundada”, recordaram os autores do documento.
A poluição causada pelas atividades em terra, como a agricultura e a indústria, está a ter impacto nos ecossistemas marinhos, reforçaram os especialistas na quinta edição do relatório sobre o estado dos oceanos.
Ainda de acordo com o relatório, o gelo marinho do Ártico continua muito abaixo da média e diminui a "um ritmo alarmante”. A extensão do gelo marinho do Ártico tem vindo constantemente a diminuir. Entre 1979 e 2020, perdeu o equivalente a seis vezes o tamanho da Alemanha, de acordo com o relatório.
Nos últimos 30 anos, o gelo marinho do Ártico diminuiu continuamente em extensão e espessura. Desde 1979, a cobertura de gelo em setembro reduziu 12,89% por década, com mínimos recordes nos últimos dois anos. A perda contínua do gelo marinho do Ártico pode contribuir para o aquecimento regional, a erosão das costas árticas e as mudanças nos padrões climáticos globais.
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FonteRedação
