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- Nas competições onde representou a Seleção Nacional de Surf do Japão, Kanoa esteve sempre nos momentos das grandes decisões.
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Quando chegar a hora de fazer a fotografia daquilo que foi a temporada de 2021 do surf de competição em termos internacionais, esta será uma imagem na qual teremos obrigatoriamente de incluir nomes como Gabriel Medina, Carissa Moore e Ítalo Ferreira, seja pelas importantes conquistas que conseguiram alcançar no Championship Tour ou nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020.
No entanto, existem outros surfistas que têm brilhado ao mais alto nível desde que arrancou o presente ano, onde os campeonatos de surf voltaram a ter alguma normalidade e sobretudo periodicidade, depois da razia registada a partir de março de 2020 com a chegada da pandemia.
Um desses nomes que nos últimos meses esteve na ribalta e que se calhar é esquecido por não ter saído vencedor desses confrontos nos grandes palcos é o japonês Kanoa Igarashi. A tempo inteiro no Championship Tour desde 2016, o surfista de 23 anos é verdade que não conseguiu o apuramento para a finalíssima de Trestles, fruto da sua precoce derrota em Barra de la Cruz. No México, o surfista asiático talvez tenha acusado a fadiga mental e a saturação competitiva provocada por outras batalhas, que tantas forças levaram. Ainda assim pela segunda temporada consecutiva foi top 10 mundial, desta feita ficou ranqueado no oitavo posto.
Talvez embalado pelo plus motivacional desta ser uma campanha em que iria disputar os Jogos Olímpicos em casa e ainda por cima na estreia do surf por essas andanças, a verdade é que tanto no Mundial ISA de El Salvador como em Tóquio'2020, Igarashi teve um desempenho de letras maiúsculas ao acariciar o lugar mais alto do pódio. Foi ator principal nos momentos das grandes decisões. Em ambos os eventos, alcançou a segunda posição. Por outras palavras, foi vice-campeão mundial ISA e medalhado de prata nos Jogos.
Em El Salvador, o atleta nipónico foi suplantado na final pelo francês e antigo top mundial Joan Duru, mas igualou o seu melhor resultado nesta prova, que havia conseguido em 2018, curiosamente a competir no Japão. Ao mesmo tempo foi parte crucial para o país do sol nascente conquistar a medalha de prata em termos coletivos.
Já em Tóquio'2020, Kanoa representou de forma sublime a sua nação durante aqueles três intensos dias em Tsurigasaki Beach, praia com um forte significado afetivo para si, uma vez que é precisamente o local onde o seu pai costuma surfar diariamente.
Só Ítalo Ferreira travou a marcha deste atleta que passa largas temporadas em Portugal, onde possui residência. Para agarrar a histórica medalha de prata, este teve de vergar o novo campeão mundial Gabriel Medina nas meias-finais, num heat que fez correr muita tinta.
Certamente que quando tocou a buzina pela última vez em Tsurigasaki Beach, o surfista de 23 anos terá sentido um amargo de boca por ter estado tão perto de atingir o tão ambicionado ouro olímpico. Não deu vitória, mas este é um resultado que catapultou Igarashi para um lugar de relevo na história olímpica do Japão. É um dos medalhados da primeira prova olímpica da história do surf de competição.
Performances que referendam um ano que certamente Kanoa Igarashi jamais esquecerá. E ainda não acabou. Agora, depois de um grande reset segundo as palavras do próprio, Kanoa está de volta à carga. Esta semana é um homem numa missão. Procura a terceira vitória da carreira no mítico US Open of Surfing, que decorre na cidade e praia que o viu nascer há 23 anos: Huntington Beach.
Naquela que é conhecida popularmente como a Surf City USA, Igarashi pode conseguir um trio de triunfos nas últimas quatro edições do icónico campeonato.
Depois da incrível aventura pelas Olimpíadas, há nova oportunidade para fazer história num terreno que conhece como a palma da sua mão. Não há nada como surfar em casa, não é Kanoa?
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FotografiaISA/Sean Evans/Ben Reed
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FonteRedação
