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Na passada terça-feira, o governo local das Ilhas Faroé defendeu a matança de mais de 1400 golfinhos durante uma tradicional caçada, apesar da emoção despertada por este massacre de "magnitude invulgar", mesmo para o território autónomo da Dinamarca, segundo a agência noticiosa France Presse.

"Não há dúvida de que a caça aos cetáceos nas Ilhas Faroé é um espetáculo dramático para as pessoas pouco habituadas à caça e abate destes mamíferos. Estas caçadas são, no entanto, bem organizadas e totalmente regulamentadas", disse à France Presse um porta-voz do governo de Tórshavn.

De tradição ancestral nas Ilhas Faroé, a 'grind' ou 'grindadrap' consiste em encurralar, com o auxílio dos barcos, os cetáceos numa baía, onde são mortos por pescadores que permanecem em terra.

Geralmente são golfinhos-piloto, mas no domingo foram capturados 1423 golfinhos-de-faces-brancas, cuja caça também é permitida, num fiorde perto de Skala, no centro do arquipélago.

"Não temos uma tradição de caça destes mamíferos, geralmente há alguns na caça, mas normalmente não matamos tantos", disse um repórter da televisão pública local KVF. Segundo o jornalista, anteriormente nunca havia sido efetuada uma captura tão importante no arquipélago.

Descrito como uma "prática bárbara" pela organização não-governamental de conservação da vida marinha Sea Sheperd, o 'grind' é um sistema de caça sustentável, segundo as autoridades das Ilhas Faroé.

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