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- Uma história de paciência, grandiosidade e de uma quase maior onda de sempre, transformada em wipeout da década.
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O final da passada semana foi muito intenso no surf mundial. De um lado os melhores do Mundo a competirem em ondas perfeitas em Barra, no México, enquanto sabiam da notícia do cancelamento da etapa do Taiti. Do outro, um enorme swell, provavelmente o maior do ano ou até da década, a entrar na famosa bancada taitiana, mostrando talvez a ira de Neptuno com toda a situação.
Metáforas à parte, a verdade é que Teahupoo esteve como há muito não se via, talvez desde a famosa ondulação do Code Red, onde se surfaram as maiores ondas de sempre na famosa e temida esquerda do Pacífico. Desta vez, os locais foram os heróis, com mais um ou outro interveniente internacional, como o brasileiro Lucas Chumbo. Tudo culminou com uma sexta-feira 13 épica, com inúmeras bombas para mais tarde recordar.
Mas vamos por partes. O que se passou em Teahupoo na sexta-feira é, sem dúvida, a maior ondulação da década ali surfada. Até porque está a fazer precisamente 10 anos do famoso Code Red, em que a etapa do CT parou para uma das mais memoráveis sessões de tow-in da história. O cenário repetiu-se e, desta feita, talvez os heróis locais tenham esticado ainda mais os limites.
Contudo, fruto dos tempos em que vivemos, em que tudo é instantâneo, houve muita pressa em extrapolar as primeiras imagens que foram saindo. Só assim se explica que muita gente tenha visto e revisto uma onda insana do jovem local Kauli Vaast. Impressionante, de facto. No entanto, não se pode afirmar que Vaast tenha surfado a maior onda de sempre em Teahupoo, quando ele acabou por não a completar. No máximo, dropou a maior onda de sempre incompleta em Teahupoo ou, a belo rigor, sofreu o wipeout da década…
Analisando tudo o resto que se seguiu houve vários momentos intensos e dignos de registo. Chumbo esteve em altas, como sempre. O taitiano Eimeo Czermak também. Mas a bomba do dia, vendo e analisando agora tudo o que se passou, parece ter sido a do especialista local Matahi Drolet, rebocado pelo irmão Manoa, um dos primeiros aventureiros do tow-in em Teahupoo.
As imagens falam por si e não há muito mais a acrescentar. A não ser que, isto sim, é surfar uma onda. Completa, obviamente. Acrescente-se que reza a história que Matahi e Manoa foram dos primeiros a chegar ao pico, pela manhã cedo. Esperaram, esperaram, esperaram e só ao fim de 9 horas apanharam a primeira onda. Quis a sabedoria local que fosse esta bomba. A rainha da sessão!
Vale a pena ver e rever a onda do dia, enquanto se espera por produções que resumam de forma exímia um dos dias mais históricos na infame bancada taitiana.
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FonteRedação
