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  • O histórico de confrontos entre o top 5 mundial
    31 agosto 2021
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  • Do lado feminino há duelos já com muita história à mistura...
  • Estamos a cerca de uma semana das grandes finais do CT 2021, onde o top 5 mundial vai estrear um formato inédito na luta pelo título mundial masculino e feminino. As expectativas começam a aumentar e a tensão sobe a pulso entre os participantes. Embora com algumas surpresas no elenco, sobretudo do lado masculino, estes foram os cinco melhores em cada circuito na temporada regular e terão em Trestles a oportunidade de uma vida.

    Do lado masculino Gabriel Medina surge com a vantagem de ser líder e, por isso, está apurado para a finalíssima, que será disputada à melhor de três. Morgan Cibilic e Conner Coffin são os outsiders que se enfrentam logo na ronda inaugural. Depois, há ainda Filipe Toledo e Italo Ferreira, as maiores ameaças a Medina.

    Na prova feminina a campeoníssima Stephanie Gilmore entra em cena logo no primeiro heat frente a Johanne Defay. Steph até pode fazer história e conquistar o oitavo título mundial, mas para isso terá de passar a surfista francesa, que pode ser a primeira europeia campeã mundial feminina, mas também Sally Fitzgibbons e Tatiana Weston-Webb, para atingir uma finalíssima com a grande líder do circuito, campeã mundial e olímpica em título, a havaiana Carissa Moore.

    Os intérpretes há muito que são conhecidos e dispensam apresentação. Mas como será o registo entre todos eles? Quem leva a melhor? O que isso significará isso numa onda de alta performance como Trestles? Poderá isto indicar uma vantagem, nem que seja em termos estratégicos, quando se cruzam estes surfistas dentro de água? As respostas serão dadas no melhor dia de ondas no famoso spot californiano entre 9 e 17 de Setembro. Até lá fiquem com estes indicadores.

    Através de um olhar rápido para todos os confrontos diretos é possível ver que há muito mais “história” de embates no feminino do que no masculino. Desde logo, porque as surfistas que vão discutir o título feminino têm bem mais anos de Tour do que os homens – onde há, por exemplo, um rookie em jogo. Mas também devido a um circuito com menos intervenientes, que faz com que as melhores se enfrentem mais vezes ao longo da carreira – aqui está um ponto que a WSL quer trazer com a redução futura do circuito masculino.

    No primeiro duelo da prova masculina teremos o rookie Morgan Cibilic, a viver um primeiro ano de sonho no Tour, frente ao local Conner Coffin, eles que nunca se enfrentaram em baterias man-on-man – todos estes registos de confrontos dizem respeito apenas à fase man-on-man. E caso Cibilic continue a surpreender em Trestles, o cenário não será muito diferente, pois também nunca enfrentou Filipe Toledo e Italo Ferreira na fase man-on-man.

    A história recente do jovem australiano no WCT apenas conta com embates – e que embates! – frente ao líder mundial Gabriel Medina. Foram três duelos ao longo da temporada, com especial destaque para os da perna australiana. No entanto, apesar da boa réplica, Cibilic perdeu por três vezes para o surfista brasileiro. O facto de estarmos a falar de um rookie não nos deixa analisar este campo histórico da melhor forma, mas pelo menos percebe-se que se Cibilic conseguisse o impensável de avançar até à finalíssima não teria a história do seu lado…

    Por sua vez, Conner Coffin até apresenta um registo curioso frente aos tops mundiais que aqui chegam, alimentando um certo estatuto de tomba gigantes. O surfista californiano nunca enfrentou Cibilic, mas destaca-se por ter um saldo positivo frente a Italo Ferreira (2-1) e um neutro com Filipe Toledo (1-1). Apenas perde frente a Gabriel Medina, que nunca conseguiu vencer, tendo perdido por três vezes.

    O terceiro surfista a entrara em ação em Trestles será Filipe Toledo, que se irá estrear frente ao vencedor do duelo entre Cibilic e Conner Coffin. Apontado por muitos como o favorito ao triunfo e a um primeiro título mundial, sobretudo por residir há vários anos na zona de Trestles, Toledo é o surfista que apresenta o registo mais curioso. Nunca enfrentou Morgan Cibilic e regista empate frente a todos os outros. Tem uma derrota e uma vitória para Coffin, quatro vitórias e quatro derrotas para Italo e duas vitórias e duas derrotas para Medina. Mais equilibrado é impossível!

    Segue-se o campeão mundial em título Italo Ferreira, que, curiosamente, tem um registo dominante frente ao grande favorito e número um mundial. Sem confrontos frente a Cibilic e com o tal empate com Toledo (4-4), Italo até tem um registo negativo frente a Coffin (1-2). Frente a Medina a história é diferente, tendo-se afirmado ao longo dos anos, a par de Adriano de Souza, como um dos grandes “carrascos” de Gabriel no Tour: são sete vitórias contra quatro derrotas.

    O embate entre Gabriel Medina e Italo Ferreira foi aquele que mais vezes se disputou e até poderá ser o mais provável na grande final, uma vez que Medina já lá está e Italo está a apenas um triunfo de também lá chegar. Muitos acreditam que essa “meia-final” colocará o campeão mundial frente a frente com Toledo, mas só o andamento de prova mostrará como será feito o alinhamento. Terão os dois outsiders masculinos capacidade para baralhar estas contas?

    Quanto a Medina já se devem ter apercebido do seu registo. É um registo bem mais dominante frente aos menos cotados, onde tem vantagem de 3-0 tanto frente a Morgan Cibilic como frente a Conner Coffin. Depois tem o tal empate com Toledo (2-2) e uma desvantagem considerável frente a Italo (4-7). Estará a história prestes a mudar? Os dados estão lançados!

    Histórico de confrontos masculinos

    Morgan Cibilic contra Conner Coffin (0-0)

    Filipe Toledo contra Conner Coffin (1-1) e Morgan Cibilic (0-0)

    Italo Ferreira contra Filipe Toledo (4-4), Conner Coffin (1-2) e Morgan Cibilic (0-0)

    Gabriel Medina contra Italo Ferreira (4-7), Filipe Toledo (2-2), Conner Coffin (3-0) e Morgan Cibilic (3-0)

    Do lado feminino a situação é bem diferente, desde logo pelo facto de estar presente um trio com muitos e muitos anos de elite mundial, que, tudo somado, totalizam já um total de 72 embates entre si. Falamos obviamente de Stephanie Gilmore, Sally Fitzgibbons e Carissa Moore, todas com mais de uma década no Tour.

    O primeiro heat feminino irá colocar frente a frente Johanne Defay e Stephanie Gilmore, com a australiana a ter um registo positivo de três vitórias e nenhuma derrota. Caso supere a francesa marca encontro com a grande rival e colega de geração, Sally Fitzgibbons. Um dos embates com mais história do circuito, em que Steph já saiu vencedora por 13 ocasiões, contra apenas seis derrotas.

    A partir daqui o registo deixa de ser tão esmagador. Contra a número dois mundial, Tatiana Weston-Webb, Gilmore tem quatro triunfos e quatro derrotas. E contra a grande rival Carissa, caso consiga a enorme proeza de lá chegar, a campeoníssima australiana terá de superar um registo desfavorável de 15 derrotas contra 12 vitórias. Aliás, este é o embate mais vezes registado do lado feminino e, certamente, aquele que a grande maioria dos fãs do surf mundial gostaria de ver na decisão do título, à melhor de três.

    Quanto a Johanne Defay, o registo da melhor surfista europeia da história continua desfavorável, sobretudo frente às decanas que estão em prova. Aos 0-3 frente a Gilmore, junta-se um registo de 2-8 frente a Sally e 2-7 contra Carissa. Defay apenas tem um registo favorável frente a Weston-Webb (4-2), mas para chegar ao encontro da brasileira terá de superar duas rondas frente às históricas surfistas australianas.

    A terceira surfista a entrar em cena será Sally Fitzgibbons, uma das mais históricas do circuito, mais ainda à procura do primeiro título mundial. Além do registo muito desfavorável frente a Stephanie (6-13), que até poderá ser a sua primeira adversária em Trestles, Sally ainda conta com um recorde de sete derrotas e duas vitórias frente a Tatiana Weston-Webb, que se mostra um verdadeiro osso duro de roer para a australiana. Em compensação, tem um registo de 8 vitórias e dois triunfos frente a Defay. Já em relação a Carissa Moore a história mostra-nos que Fitzgibbons perdeu 14 duelos e ganhou 12.

    Tatiana Weston-Webb é aquela que está mais perto de enfrentar Carissa à melhor de três, sobretudo depois de uma época incrível em que terminou como vice-líder do ranking. Só que o registo só é positivo nesse 7-2 esmagador frente a Sally, embora o 4-4 com Steph também seja algo de notar. Frente a Defay tem contra si um já sublinhado 2-4 e para Carissa Moore o histórico está em quatro triunfos da brasileira contra seis da havaiana.

    Por fim, Carissa. A campeã mundial e olímpica em título e número um é considerada a grande favorita à vitória, sobretudo pela forma demonstrada em 2021. Mas estes números também jogam a seu favor. De todos os surfistas presentes em Trestles, incluindo homens, Moore é a única que tem saldo positivo frente a todos os adversários: 6-4 contra Weston-Webb, 14-12 frente a Sally, 15-12 perante Gilmore e 7-2 para Defay. Palavras para quê? Resta perceber se o domínio se manterá ou se Trestles e este novo formato nos reserva alguma surpresa…

    Histórico de confrontos femininos

    Johanne Defay contra Stephanie Gilmore (0-3)

    Sally Fitzgibbons contra Stephanie Gilmore (6-13) e Johanne Defay (8-2)

    Tatiana Weston-Webb contra Sally Fitzgibbons (7-2), Stephanie Gilmore (4-4) e Johanne Defay (2-4)

    Carissa Moore contra Tatiana Weston-Webb (6-4), Sally Fitzgibbons (14-12), Stephanie Gilmore (15-12) e Johanne Defay (7-2)

    Até podemos ir mais longe e ver os embates que acontecerem em específico nesta onda de Trestles. Com uma longa história no circuito masculino, mas sem qualquer embate entre estes intervenientes, acabam por ser as mulheres, que só ali competiram entre 2014 e 2017 a terem já alguns confrontos registados. Com especial destaque para o monumental triunfo de Stephanie Gilmore em 2014, que somou 19,50 pontos, com direito a nota 10. E neste campo até é a sete vezes campeã mundial que se destaca da concorrência.

    Registo de confrontos em Trestles

    Stephanie Gilmore vs Carissa Moores (1-0, quartos-de-final em 2016)

    Carissa Moores vs Johanne Defay (1-0, ronda 4 em 2015)

    Stephanie Gilmore vs Sally Fitzgibbons (1-0, final em 2014)

    Sally Fitzgibbons vs Johanne Defay (1-0, meias finais em 2014)

    Do lado masculino, destaque para o “local” Filipe Toledo ter sido o último surfista ali a vencer, em 2017, com Silvana Lima a triunfar na prova feminina. Registo ainda para o facto de Cibilic ser o único dos finalistas que nunca competiu em Trestles.

     

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