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- O impossível aconteceu entre os dias 14 e 16 de agosto, quando os cientistas viram as gotas de água a descer do céu em direção ao glaciar.
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O aquecimento global é um problema bem real e que ameaça cada vez mais o planeta em que vivemos. E se dúvidas existissem, novos sinais começam a ser dados. Como a chuva que caiu recentemente no cume da calota de gelo da Gronelândia, o ponto mais alto daquele território. Foi a primeira vez que tal aconteceu desde que há registos, o que deixa todos em alerta.
No pico dos 3216 metros da massa de gelo daquela que é a maior ilha do Mundo, localizada entre o Atlântico Norte e o Oceano Ártico, as temperaturas estão normalmente bem abaixo dos 0ºC e seria altamente improvável - senão mesmo impossível, até agora - que a chuva ali caísse.
No entanto, o impossível aconteceu entre os dias 14 e 16 de agosto, quando os cientistas na estação de pesquisa da Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos viram as gotas de água a descer do céu em direção ao glaciar. Pela primeira vez desde que há registos. A precipitação foi tão inesperada que os cientistas nem tinham forma de a calcular.
Apesar de os cientistas não terem tido sequer medidores para calcular, em número exato, o volume da chuva, em estimativa, acreditam que tenham caído das nuvens cerca de sete mil milhões de toneladas de água em toda a Gronelândia.
O fenómeno aconteceu durante uma vaga de três dias excecionalmente quentes naquela ilha, quando as temperaturas eram 18ºC mais altas do que a média em alguns lugares. Resultado: gelo a derreter um pouco por toda a Gronelândia, que tem mais de 44 mil quilómetros de linha de costa.
“O que está a acontecer não é simplesmente uma ou duas décadas quentes num padrão climático errante. Isto não tem precedentes. Estamos a ultrapassar limites que não eram vistos em milénios e, francamente, isso não vai mudar até que ajustemos o que estamos a fazer ao ar”, disse à CNN Ted Scambos, o cientista do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo da Universidade do Colorado que relatou a queda da chuva no pico da calota de gelo.
Em maio, investigadores relataram que uma parte significativa da camada de gelo da Gronelândia estava a aproximar-se de um ponto de inflexão, após o qual o derretimento acelerado se tornaria inevitável, mesmo se o aquecimento global fosse interrompido. A Gronelândia também teve um episódio de degelo em grande escala em julho, tornando 2021 um dos quatro anos no último século com um derretimento tão grande, como em 2019, 2012 e 1995. A chuva e o degelo de 14 a 16 de agosto ocorreram no último momento do ano em que um grande evento foi registado.
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FonteRedação
