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  • Sete pormenores do surf olímpico que não se veem nas provas normais
    28 julho 2021
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  • A estreia olímpica foi uma ocasião que exigiu novos costumes.
  • Tóquio’2020 foi o palco da tão aguarda estreia olímpica do surf. Muito se escreveu e anteviu sobre tão esperado momento, mas nada poderia fazer prever o que aconteceria realmente na água. Os Jogos Olímpicos são o ponto alto do desporto mundial e o surf viu-se obrigado a render-se a essa esfera olímpica. Quarenta surfistas, 20 homens e 20 mulheres, lutaram pelas primeiras medalhas olímpicas do surf.

    A ação decorreu em três dias, as condições não foram as melhores, mas no fim tudo pareceu tão rápido. Numa prova que mostrou o surf aos quatros cantos do Mundo, num precedente sem paralelos. Contudo, pelo meio houve algumas mudanças de hábitos. Pormenores que não são habituais, mas que são fruto desta chegada ao Olimpo. Eis sete deles…

    Apresentação – Uma das coisas que se destacou antes de a ação começar foi o facto de os heats terem hora marcada, à boa moda do Surf Ranch, mas com uma margem grande de intervalo. Ou seja, mais do que o normal para assegurar que as disputas renhidas e decididas já perto do final não atrapalhem o heat seguinte. Rapidamente se percebeu essa margem. Estamos nos olímpicos, onde todos os atletas são apresentados, com direito a nome, país e mais alguns dados a surgirem nas transmissões. E também foi assim com o surf. Surfistas alinhados na areia, a serem apresentados um a um. Depois, disso seguiam calmamente para dentro de água. Eis um sinal da realidade olímpica, bem diferente do normal numa prova de surf, onde há o tradicional tempo de paddle out – o diretor de prova estabelece o tempo com que os surfistas podem entrar dentro de água, onde estão em simultâneo com os do heat seguinte, mas, de preferência, sem atrapalhar.   

    Heats de cinco – Os heats de três são habituais nas primeiras rondas das etapas do CT e os de quatro são uma constante no WQS. Contudo, ver heats com cinco surfistas dentro de água não é algo que seja habitual. Pois bem, no formato competitivo olímpico é isso que acontece na repescagem. Após uma primeira ronda com heats de quatro, seguiu-se uma ronda 2 cm dois heats de cinco surfistas cada. Os três primeiros de cada heat seguiram para a ronda 3 e os dois piores ficaram eliminados.

    Transmissão repartida – Um dos maiores incómodos que os fãs do surf sentiram foi a nível de transmissão. No primeiro dia, apenas foi possível ver a prestação das surfistas portuguesas em direto na RTP. Mas para ver a competição por inteiro apenas com a subscrição do serviço Eurosport Player. No dia 2 igual. Apenas no dia final a Europsort 2 passou a competição toda, uma vez que já estavam medalhas em jogo. Além disso, mesmo dando em direto os heats das portuguesas, foi comum que a RTP tivesse por vezes de interromper a transmissão para acompanhar atletas portugueses de outras modalidades. É uma gestão natural e que tem de ser feita com pinças. Contudo, esta situação de andar a saltitar de canal em canal à procura de um pouco de surf em direto é algo estranho para o adepto do surf, que está habituado a ver surf através dos sites das competições e a ser interrompido apenas pelos repetitivos anúncios que antecedem as baterias. Bem, em Tóquio, pelo menos, não houve esses anúncios publicitários a meio das disputas…

    Pranchas em branco – Este era um ponto já conhecido. Devido ao código olímpico, os surfistas já sabiam que tinham de competir com a prancha em branco. Ou quase toda em branco. A bandeira do país estava presente, mas pouco país. Nada de marcas, como manda as regras olímpicas. Apenas a da prancha, mais abaixo, mas sem grande destaque, ou dos fatos que vestiam, sendo esses de responsabilidade das respetivas seleções. Acontece o mesmo com outros desportos, como o skate, que também se estreou em Tóquio. Para azar das marcas que regularmente enchem as pranchas dos surfistas, esta é uma situação normal em termos de realidade olímpica.

    Hino – Os pódios existem em todas as provas de surf. As medalhas nem por isso. É verdade que a ISA há muito nos habituou a essas cerimónias que sempre aproximaram os seus Mundiais dos Jogos Olímpicos. Contudo, ver três surfistas alinhados a ouvir o hino do campeão é um momento sem preço na história do surf. É o pináculo de todo o percurso olímpico. Italo e Carissa tiveram as honras de estrear esse lugar mais alto, de quase tocarem o Olimpo. E o brasileiro fê-lo em estilo, deixando o pódio com um mortal. É um espetáculo à parte do próprio espetáculo e o surf também ganhou direito a tê-lo.

    Final feminina em segundo lugar – Em temos de igualdade, os Jogos Olímpicos mostraram-nos uma realidade diferente daquela a que estamos habituados nos campeonatos de surf, onde o dia final coroa primeiro as mulheres e só depois os homens. Pois bem, em Tóquio, foi precisamente ao contrário. Primeiro a final masculina e só depois a feminina. O mesmo aconteceu na cerimónia do pódio.

    Embaixadores na TV pública – As transmissões da RTP nos Jogos Olímpicos habituaram-nos ao longo dos anos a ouvir e aprender com os melhores especialistas de cada desporto. Foi assim durante anos com o histórico Jorge Lopes do Atletismo, mas também em qualquer outro tipo de desporto mais técnico, como o Judo, Ciclismo, Ginástica, Natação, etc. O surf só chegou agora, mas não foi exceção. E a estação pública teve a hombridade de escolher dois nomes que tão bem representam o surf português e que tão humildemente e eficientemente souberam explicar ao pormenor o desporto e os seus simbolismos. Miguel Pedreira e Nuno Jonet foram uns verdadeiros embaixadores do surf nacional durante estes dias. Já é normal que o sejam noutras transmissões, mas no canal público e para tanta gente foi a primeira vez. Esperamos que seja a primeira de muitas.

     

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