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  • David Raimundo: “2021 foi o ano que mais me marcou”
    30 julho 2021
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  • Selecionador frisa que agora é altura de fazer balanços a pensar no futuro e começar já a preparar o próximo ciclo olímpico.
  • De feito histórico em feito histórico. Assim, tem sido o trajeto da Seleção Nacional de Surf desde que David Raimundo assumiu o cargo de selecionador nacional, em 2014. Em Tóquio’2020, Portugal não chegou às medalhas no surf, mas conseguiu uma excelente representação na prova feminina, naquela que foi a estreia olímpica da modalidade.

    Raimundo enaltece o 5.º posto obtido por Yolanda Hopkins e o 9.º lugar de Teresa Bonvalot, embora lamente ter falhado as medalhas por muito pouco. Além do sonho concretizado de estar nuns Jogos Olímpicos, o selecionador diz que agora é altura de fazer balanços a pensar no futuro e começar já a preparar o próximo ciclo olímpico.

    Beachcam - Terminada a participação olímpica em Tóquio'2020, os resultados obtidos correspondem às expectativas iniciais, superaram o que estava delineado ou ainda se poderia ter ido um pouco mais longe?

    David Raimundo - Em primeiro lugar, estes resultados são históricos. Só o estar presente já era um feito enorme, conforme disse antes da partida para os Jogos Olímpicos. Fechar a prova na quinta e nona posições com duas atletas de 23 e 21 anos, respetivamente, é qualquer coisa de especial e muito gratificante. Saímos do Japão muito contentes, mas é sempre possível fazer melhor. Nós sempre acreditámos que não sendo favoritos, eramos candidatos a uma medalha. No caso da Yolanda, ficámos muito perto de conseguir esse feito. Infelizmente, naquele dia as coisas não estiveram de feição para o nosso lado. A Yolanda esteve 10 minutos com prioridade e a precisar apenas de 5,50 pts, mas não houve nenhuma onda que lhe desse possibilidade de lutar por essa medalha. No entanto, estou mesmo muito contente. Esta ida aos Jogos foi o cumprir de um sonho de criança e o completar de um ciclo olímpico em que tudo era novo para o surf. Saímos destas Olimpíadas de cabeça levantada e ainda mais motivados para começar a pensar em Paris'2024, tentar estar presente e superar os resultados agora obtidos.

    B - Neste ano de 2021, Portugal obteve três medalhas no Mundial ISA de El Salvador, duas individuais e uma coletiva. Agora, vem de uma participação histórica na estreia olímpica do surf. Este pode ser considerado o melhor ano do David à frente da Seleção Nacional, tendo em conta os excelentes resultados alcançados em competições tão importantes?

    DR - Não sei se é o melhor ano, mas sei que é aquele que mais me marcou. Todos os resultados que temos vindo a alcançar são fruto do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde 2014. São resultados que traduzem bem a qualidade do surf português e acima de tudo a qualidade do trabalho efetuado pela Federação Portuguesa de Surf junto dos seus atletas. Se é mesmo o melhor ano? Para trás, há também tantos bons momentos. O primeiro título de campeão europeu júnior, o primeiro título de campeão europeu Open, entre outros que também poderia enumerar. Acho que cada momento é especial e saboreio cada um desses momentos também de forma especial.

    B - Falou há pouco que a Yolanda foi eliminada num heat onde teve poucas oportunidades devido ao estado do mar. Dadas estas circunstâncias, considera que a longo prazo, caso o surf continue a ser modalidade olímpica, faz sentido que a prova decorra numa piscina de ondas artificiais?

    DR - Defendo que os campeonatos de surf, ainda mais num evento como os Jogos Olímpicos, devem ser disputados no mar. Se tivermos umas Olimpíadas num local onde não haja essa possibilidade, então vejo como boa solução a piscina de ondas. Havendo condições têm de ser obrigatoriamente no mar. Isto porque a essência do surf vem muito do mar, onde tudo é diferente. Vemos as provas no Surf Ranch e já sabemos o que vai acontecer. Sabemos, de antemão, a maior parte dos surfistas que vão à final. No mar é tudo muito mais imprevisível. O nosso desporto vive da imprevisibilidade. É por exemplo vermos o Kanoa Igarashi, nas meias-finais frente ao Gabriel Medina, a precisar de um 9,17 pts e a cinco minutos do fim da bateria fazer um full rotation para a base e sair um 9,33 pts. De repente, tudo muda.

    B - Ao estar presente nuns Jogos Olímpicos, o David diz que cumpriu um sonho de criança. O que sentiu quando visitou pela primeira vez a Aldeia Olímpica?

    DR - É indescritível. Nós infelizmente, por um lado, não ficámos na Aldeia Olímpica porque era muito longe de Tsurigasaki Beach. O Comité Olímpico de Portugal deu-nos as melhores condições e conseguiu disponibilizar alojamento que ficava muito perto da zona de competição. Contudo, ficámos arrepiados no dia em que fomos pela primeira vez à Aldeia Olímpica. É fantástica a energia que se sente ao estar naquele local. Estar ali ao pé dos maiores e melhores desportistas do mundo de todas as modalidades. Todos eles com uma simplicidade como se estivessem a participar no primeiro campeonato das respetivas carreiras. Estávamos a almoçar e cruzávamo-nos, por exemplo, com um Novak Djokovic. É mesmo indescritível. Nós ainda tivemos o privilégio de voltar à Aldeia Olímpica no dia em que viemos embora, o que só veio confirmar todas as sensações que tínhamos sobre esse sítio.

    B - De regresso a Portugal após os Jogos Olímpicos de Tóquio, o que se segue agora?

    DR - Neste momento é altura de fazer balanços. A nível de Seleção não vamos ter mais nenhuma competição, pois o Eurosurf Júnior foi cancelado e o Mundial ISA para o mesmo escalão também não irá acontecer este ano. Só para o ano em El Salvador. Portanto, este é o tempo de começar a projetar o próximo ciclo olímpico e o trabalho para os próximos anos. É também momento para tentar perceber onde é que podemos investir mais, isto para que no futuro os resultados possam vir a ser ainda mais positivos.

     

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