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- Confirmado o positivo, a entidade garante ter seguido à 'risca todas as orientações estabelecidas a bem da verdade desportiva'.
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Na passada sexta-feira, dia 23 de julho, foi anunciado que Frederico Morais iria falhar os Jogos Olímpicos de Tóquio'2020 por ter testado positivo ao novo coronavírus.
Um anúncio que surgiu no mesmo dia em que decorreu a Cerimónia de Abertura de Tóquio'2020, sendo que dois dias depois arrancou a prova olímpica de surf, a primeira da história.
Toda uma situação que obrigou à chamada de um alternate para ocupar a vaga de Kikas. O primeiro pré-designado era o italiano Angelo Bonomelli, estando este impossibilitado, avançou o costarriquenho Carlos Muñoz, que não conseguiu chegar a Tsurigasaki Beach a tempo de competir.
Esta terça-feira, o Comité Olímpico de Portugal (COP) assegurou ter cumprido todos os procedimentos relativos à impossibilidade de Frederico Morais participar em Tóquio'2020, isto após o alternate Angelo Bonomelli ter acusado o organismo de ter agido tardiamente.
"Só acho que não é justo eu desperdiçar a oportunidade de uma vida. Houve alguma negligência", acusou Bonomelli, em declarações à agência noticiosa AP.
Por seu lado, o Chefe da Missão de Portugal a Tóquio2020, Marco Alves, disse à agência noticiosa Lusa que o COP "entende a frustração do surfista italiano por, no contexto que se atravessa e de acordo com as exigências estabelecidas, não ter sido possível a sua participação. No entanto estamos certos de que seguimos à risca todas as orientações estabelecidas a bem da verdade desportiva".
A viver na Costa Rica, Bonomelli não encontrou neste país um laboratório que cumprisse as regras sanitárias impostas pelo Comité Olímpico de Itália, não tendo tempo útil para o fazer caso viajasse via Roma, falando, por isso, de "egoísmo" da missão portuguesa, por alegadamente não ter sido transparente sobre o teste positivo ao novo coronavírus de Kikas.
Igualmente citado pela AP, Frederico Morais negou qualquer responsabilidade na questão, revelando que pensava que ia estar curado depois de ter completado 10 dias de isolamento, não ter sintomas e estar totalmente vacinado há mais de um mês.
"Trabalhei dois anos para ganhar o meu lugar. Do meu lado a transparência foi total, tentei tudo até ao último minuto, a correr contra o tempo. Quando percebi que não tinha mais hipóteses de ir, desisti. Mais do que transparência, foi o arruinar do meu sonho, já que conquistei a minha vaga de forma justa", vincou o único surfista português que atualmente está entre a elite do surf mundial.
A comunicação tardia da ausência nas Olimpíadas frustrou igualmente Muñoz, segundo na linha de sucessão de Kikas na prova olímpica e que, após a impossibilidade do transalpino, ainda encetou o voar para Tóquio, sem, no entanto, chegar atempadamente ao local da prova.
Carlitos ainda apelou ao adiamento do arranque da competição, mas a Associação Internacional de Surf (ISA) não acedeu, tendo dado início à prova, na segunda-feira, integrando-o na primeira ronda, que não eliminava, e também na repescagem, sem que este estivesse sequer no Japão.
"O Frederico Morais testou positivo à Covid-19 num período em que não impossibilitava a sua participação nos Jogos Olímpicos, quer pelas regras definidas nos 'playbooks', quer pelas autoridades nacionais, na perspetiva de autorizar a sua viagem para Tóquio", acrescentou Marco Alves.
O dirigente garantiu que, mal a impossibilidade ficou confirmada, "todos os intervenientes no processo foram devidamente notificados para que a realocação fosse iniciada".
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FotografiaISA
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FonteRedação
