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- Desde Jogos Olímpicos ao WWT, passando pelo título mundial Júnior da WSL, a surfista japonesa tem vindo a dar que falar.
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É um nome que vai passando mais ou menos despercebido no seio do surf de competição feminino, bem talvez agora ganhe maior notoriedade com a medalha olímpica conquistada, mas a verdade é que Amuro Tsuzuki tem vindo paulatinamente a construir uma história muito bonita e que está a colocar o Japão no mapa do surf feminino, quebrando sucessivas barreiras.
Na estreia olímpica do surf, nos Jogos de Tóquio'2020, Amuro teve um desempenho de letras maiúsculas. Terminou o evento num formidável terceiro lugar, pelo que integra o restritíssimo lote das primeiras surfistas medalhadas da história.
Batendo as tops mundiais Tatiana Weston-Webb, Sall Fitzgibbons e Caroline Marks teve um contributo precioso para que o seu querido e amado Japão fechasse a prova de Tsurigasaki Beach como o país com mais medalhas ao pescoço.
Aliás, vendo bem as coisas, Amuro Tsuzuki até foi a primeira surfista da história a quem foi atribuída uma medalha olímpica, pois de forma óbvia e natural o heat que definiu o bronze realizou-se primeiro que a grande final.
O capítulo olímpico foi mais uma página gloriosa de uma carreira muito interessante que esta jovem surfista de 20 anos tem vindo a construir. Já neste ano de 2021, Tsuzuki estreou-se na elite do surf mundial feminino, o prestigiado Women's World Tour (WWT). Na segunda etapa da longuíssima perna australiana, em Narrabeen, Amuro tomou o lugar da lesionada Lakey Paterson. E voltou a fazer história.
Tornou-se na primeira surfista japonesa a competir no WWT desde 1996. Estávamos ainda no século passado. Sem dúvida, um marco. Em Narrabeen, ultrapassou uma ronda, caindo nos oitavos-de-final diante da prodigiosa Caroline Marks, precisamente a rival a quem roubou a medalha de bronze nas Olimpíadas. Ai, as voltas que a vida dá.
Consumada a estreia em Narrabeen, seguiu-se a incursão pela emblemática onda de Margaret River, latitude onde a surfista asiática voltou a encontrar-se com a história. No seeding round, venceu o heat e tornou-se na primeira surfista do país do sol nascente em mais de duas décadas a conquistar uma bateria na divisão máxima do surf mundial feminino. É obra!
História, história e mais história. Para trás, ainda no mundo antes da chegada da pandemia, Amuro Tsuzuki havia conquistado em 2019 o título mundial Júnior da World Surf League (WSL). Uma façanha inédita. Tratou-se do primeiro título mundial do surf nipónico debaixo da tutela da WSL.
Outra curiosidade em torna desta surfista é o facto de em 2019 ter sido a primeira atleta do circuito mundial de qualificação (WQS) a classificar-se fora da zona de acesso ao WWT. Situação que em 2020 iria possibilitar competir a tempo inteiro no Mundial ocupando a vaga deixada pela lendária Carissa Moore, que iria tomar um ano sabático. No entanto, chegou a pandemia e a temporada foi cancelada. Desta forma, caiu por terra esta oportunidade.
Porém com Amuro Tsuzuki a manter este embalo e qualidade de surf, pode não tardar muito até que esta simpática japonesa atinga a full-time o WWT. Aguardemos pelos próximos episódios...
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FotografiaISA/Watermarkmedia
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FonteRedação
