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- A descoberta surpreendeu os investigadores que durante 14 dias andaram pelo mar açoriano.
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Os cientistas que embarcaram numa campanha de investigação científica que decorreu durante 14 dias no mar dos Açores descobriram uma floresta de corais negros no fundo do oceano.
Segundo Telmo Morato, investigador do Instituto Okeanos, da Universidade dos Açores, o mar dos Açores dispõe de florestas de corais negros semelhantes às florestas de sequoias norte-americanas, isto de acordo com os "primeiros resultados preliminares" resultantes das análises efetuadas durante a campanha de investigação internacional, efetuada nos mares da região.
"Ainda temos pela frente alguns meses de trabalho para processamento das amostras recolhidas durante esta campanha", explicou Telmo Morato à agência noticiosa Lusa, recordando que "uma hora de vídeo no mar" corresponde, normalmente, "a um dia de trabalho em terra".
Segundo este investigador do Okeanos, as primeiras análises demonstram que estas zonas do mar profundo, associadas à Crista Médio Atlântica, são zonas de "grande produtividade, que albergam grandes densidades de organismos e uma biodiversidade muito grande".
"Descobrimos e encontrámos coisas que já não pensávamos encontrar nos Açores nesta altura, como os grandes jardins de corais negros, que podem viver vários milhares de anos", realçou aquele investigador, considerando que este projeto "tem sido muito benéfico para a comunidade oceanográfica".
A expedição científica decorreu entre os dias 18 de maio e 2 de junho, ao longo da Dorsal Médio-Atlântica, na região dos Açores, e incluiu levantamentos batimétricos, captação de imagens com a missão de cartografar os fundos marinhos, identificar novas áreas que se enquadrem na definição de ecossistemas marinhos vulneráveis e determinar o seu estado ambiental.
A expedição oceanográfica, denominada 'Eurofleets+ IMAR: Avaliação integrada da distribuição dos Ecossistemas Marinhos Vulneráveis ao longo da Dorsal Médio-Atlântica na região dos Açores', conclui que esta zona do arquipélago "poderá suportar mais vida e diversidade" do que estudos anteriores apontavam.
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FonteRedação
