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- Até 2030 pretende-se ter cartografado os fundos marinhos que não são conhecidos até hoje em detalhe.
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O presidente do Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, alertou ontem para a grande falta de informação e de conhecimento sobre os oceanos, apenas se conhecendo 19% do mar profundo.
Luís Menezes Pinheiro foi um dos intervenientes numa conferência online promovida pela Ciência Viva, a propósito da 'Década da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável'. Denominação atribuída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o período temporal de 2021-2030.
Ao falar das ações e programas para a década, Luís Menezes Pinheiro disse que se pretende ter cartografados até 2030 os fundos marinhos que não são conhecidos até hoje em detalhe.
"Conhecemos cerca de 19% do oceano profundo. E das águas pouco profundas com boa resolução conhecemos talvez 50%", afirmou, acrescentando que nesta década se pretende ainda fazer um inventário dos ecossistemas marinhos e promover a literacia do oceano.
É preciso, disse, convencer os estados de que observação dos oceanos é fundamental. "Não podemos atuar sobre aquilo que não conhecemos" e, citando outro interveniente na conferência, "também não conseguimos proteger e amar o que não conhecemos".
Em resumo, disse Luís Menezes Pinheiro, a década que agora começou tem de ser transformadora, tem de definir ações e soluções, e as pessoas têm de ser audaciosas e juntar-se e partilhar conhecimentos, tudo na defesa do oceano, porque a visão de hoje é de que há "um planeta, um oceano" e não vários oceanos.
O responsável afirmou ainda que é no oceano que se encontram as chaves para compreender a origem da vida, que pode ser dele que venham "caminhos mais sustentáveis para o planeta", e que ainda assim os humanos têm "tratado o oceano como reservatório de lixo". "Está na altura de salvarmos o oceano", apelou.
Além de garantir sistemas oceânicos sustentáveis, é preciso assegurar que há avisos precoces para eventos extremos e aumentar a resiliência e capacidade de adaptação das populações às alterações climáticas, porque "não faz sentido" continuar a construir-se junto ao mar.
A Década que agora começou pretende contribuir, lembrou o responsável, para um oceano mais limpo, identificando poluições (não apenas o plástico, porque "os antibióticos começam a ser um problema gravíssimo"), para um oceano mais saudável e resiliente, para um oceano mais previsível, para um uso do oceano mais sustentável, e para uma população com menos riscos e mais informada.
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FonteRedação
