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  • Drone português monitoriza reprodução de alcatrazes na inacessível Baía do Inferno
    23 março 2021
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  • A comunidade de alcatrazes da Baía do Inferno está a ser contada pela primeira vez.
  • Uma parceria entre a Universidade do Algarve e a organização não-governamental cabo-verdiana Lantuna está a permitir ultrapassar, com o recurso a drones, a inacessibilidade das falésias da Baía do Inferno, ilha de Santiago, para poder acompanhar a reprodução dos alcatrazes.

    Com falésias costeiras que chegam aos 577 metros de altura, como é o caso do Monte Angra, a área da Baía do Inferno, entre os concelhos de Santa Catarina e Ribeira Grande, conjuga a presença de umas das maiores biodiversidades do arquipélago, desde logo em aves marinhas, com a inacessibilidade em algumas zonas.

    Aquelas falésias são também locais de reprodução do alcatraz, uma ave marinha que tem na Baía do Inferno, segundo Nuno Santos Loureiro, professor da Universidade do Algarve, uma das maiores comunidades do arquipélago, que está a ser contada pela primeira vez.

    "Estamos a monitorizar de forma detalhada o sucesso reprodutivo. Hoje correu bastante bem porque conseguimos chegar com o drone a sítios onde muitas vezes apanhamos o mar muito agitado e não se consegue chegar. E encontrámos uma série de crias que ainda não tinham sido monitorizadas", começou por explicar à agência noticiosa Lusa Nuno Santos Loureiro, depois de seis horas no mar, a controlar o equipamento a partir de um bote.

    "Em números redondos teremos fotografado entre 40 e 50 crias, o que é bastante bom para o sucesso desta comunidade", sublinhou o investigador, ao comando do drone que trouxe de Portugal.

    Por estes dias, o objetivo passa por tentar "perceber" o sucesso reprodutivo do alcatraz, uma ave marinha que vive aproximadamente 25 a 30 anos, mas que é "relativamente sensível", tendo em conta o ciclo reprodutivo de 10 meses, colocando por ano um a dois ovos.

    "Só com abundância de alimento é que as duas crias sobrevivem. Quando a limitação é um pouco mais escassa, a cria mais velha deita fora a cria mais nova. Têm poucas crias ao longo tempo", explicou o investigador.

    O interesse pela biodiversidade da Baía do Inferno começou em 2014 e quatro anos depois avançou uma parceria nesse sentido, entre a Universidade do Algarve e a organização não-governamental de ambiente e desenvolvimento Lantuna, que atua naquele território. Entretanto, juntou-se ao projeto a Universidade de Coimbra, com mais um perito internacional em aves marinhas.

    Sempre com o apoio dos pescadores locais, as saídas dos investigadores para o terreno chegam até sete quilómetros no mar, para monitorizar a alimentação dos alcatrazes. Ou ainda perto das falésias para fazer o censo do alcatraz e do rabo-de-junco.

    "Este projeto é importante em termos da biodiversidade das aves marinhas em toda esta zona de África. Esta população, não só em Cabo Verde, mas também na costa ocidental de África, é significativa e por isso aumentar o conhecimento sobre ela é por si mesmo uma mais-valia. Por outro lado, tem algum potencial ecoturístico, porque vale a pena valorizar no futuro a possibilidade de fazer saídas de bote e fotografar as aves", defendeu Nuno Santos Loureiro.

    No terreno, em terra ou no mar, os peritos portugueses, a Lantuna e a comunidade local envolvem-se em três tipos de ações.

    Desde logo, à volta da biodiversidade, "aprofundar o conhecimento sobre as diversas espécies de aves marinhas da baía do Inferno", já que a Baía do Inferno terá uma das maiores colónias de alcatraz do arquipélago "e muito provavelmente a maior colónia de rabo de junco".

    "No entanto, como são falésias muito pouco acessíveis, nunca se trabalhou em termos de investigação, de caracterização destas duas populações destas duas espécies de aves. Está, de alguma maneira, muito menos estudada do que outras populações onde o acesso é mais fácil, estamos a reforçar muito o conhecimento e o drone é uma componente para se poder chegar ao pé das aves", explicou Nuno Santos Loureiro, que lidera a equipa.

    Além disso, através de "acordos com os pescadores" de Porto Mosquito, para colocar observadores de pesca durante 14 meses, até meados de 2022, será possível "ter uma noção mais detalhada da quantidade de peixe pescado" por aquela comunidade.

    A terceira componente da parceria é na área social e está voltada para apoiar a "integração da comunidade nas questões da sustentabilidade no uso do território".

     

     

     

     

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