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- O tricampeão nacional de surf considera 'entusiasmantes' as etapas australianas que se avizinham no Mundial.
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À semelhança de muitos dos surfistas que fazem parte do World Championship Tour (WCT), Frederico Morais está por estes dias a cumprir a obrigatória quarentena numa unidade hoteleira em Sydney antes do recomeço do Mundial por terras australianas.
Apesar de já estar há muito sem surfar, Kikas confidenciou à agência noticiosa Lusa que estes "têm sidos dias tranquilos".
Porém, agora que a quarentena começa a entrar na sua reta final é "capaz de começar a ser mais cansativo, pelo menos é o 'feedback' que tenho de alguns surfistas australianos, que fizeram quarentena quando voltaram do Havai".
Sem poder sair à rua, Frederico considera que tem conseguido "ocupar bem o tempo" e "mantido a cabeça ocupada", entre videojogos - porque "a PlayStation entretém bastante" - e "um bom livro", mas também com algum material para treino físico, como uma bicicleta estática e a nova experiência de editar vídeos das suas ondas.
"Por isso, vou conseguindo entreter-me", vincou o único português entre a elite do surf mundial, reconhecendo tratar-se de um recorde de isolamento: "Sem dúvida alguma. Nunca tinha passado por isto. Mas, pronto, é mais um desafio e uma boa razão".
Esta boa razão é a retoma do WCT, com quatro provas na Austrália, depois da temporada ter arrancado, ainda em 2020, com o Billabong Pipe Masters, no Havai.
"A logística montada para as etapas australianas é completamente diferente, porque aqui o vírus está muito mais controlado do que na maior parte dos outros sítios do mundo. Ou seja, acaba por ser mais fácil organizar eventos e colocar as coisas a andar de uma forma mais normal", reconheceu.
Quanto ao perfil das etapas a realizar, o atual campeão nacional de surf não esconde que estas são "entusiasmantes".
"Já surfei na maior parte destas ondas. Quando venho à Austrália, passo muito tempo em Newcastle, de onde é o meu amigo Ryan Callinan e onde já surfei no WQS, apesar de nunca ter apanhado boas ondas no campeonato. Margaret River já fazia parte do WCT, nunca estive em Rottnest Island, mas o meu treinador [Richard Marsh] diz que é uma boa onda, e em Narrabeen competi como júnior e tenho boas memórias da onda", diz o vencedor em 2019 do circuito mundial de qualificação (WQS).
Sem apontar objetivos para a temporada, Frederico Morais realçou a oportunidade de voltar aos campeonatos, apenas com uma etapa disputada, "que soube a pouco, depois de um ano inteiro sem competir", e disse esperar o melhor, para si e para a evolução da pandemia.
"Esperemos que corra tudo bem e que consigamos fazer as quatro provas e, a seguir a isto, no final de maio, espero que o mundo já tenha alguma normalidade e que possamos continuar o WCT", frisou. Uma normalidade que ainda não viveu, mas já observou, à chegada a Sydney.
"Tenho sentido muita falta de surfar, sem dúvida alguma. No caminho para cá, vínhamos de autocarro e vimos as pessoas sem máscara a passearem na rua. Sem dúvida que, agora estando na Austrália, tenho muitas saudades de dar uma volta, comer num restaurante, conviver com amigos à vontade. Acho que vai dar para aproveitar agora quando a quarentena acabar", admitiu Kikas.
Até lá, e sobretudo a pensar no regresso à competição, mesmo em quarentena, conserva as rotinas, treina o físico e mantém a "cabeça sã", reconhecendo que "voltar a colocar o pé na prancha é capaz de demorar um ou dois dias, porque 14 dias sem surfar ainda tem algum peso", apesar de não ser o seu recorde.
"O meu recorde sem surfar não vão ser estes 14 dias. Já estive lesionado uma ou outra vez e estive mais tempo parado", rematou.
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FotografiaWSL
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FonteRedação
