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- No entender de Mulanovich “é injusto” que tenha de passar por esse torneio e que ainda não tenha o seu lugar garantido em El Salvador.
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Foi uma das histórias mais incríveis da última edição do Mundial ISA, em 2019, no Japão. Com a elite mundial toda em prova e com o Mundo a colocar todas as fichas em nomes como Carissa Moore, Stephanie Gilmore ou Caroline Marks, o triunfo final na prova feminina acabou por pertencer à veterana Sofia Mulanovich.
Depois de ter feito história na WSL, quando se tornou na primeira surfista sul-americano a sagrar-se campeã mundial, em 2004, Sofia continuou a fazer história para o seu país nas provas da ISA. No Japão chegou mesmo ao terceiro título mundial ISA da carreira, indo contra todas as probabilidades.
Só que o título mundial não lhe garantiu ainda a vaga para os Jogos Olímpicos, uma vez que o Peru beneficiou da vaga conquistada nos Jogos Pan-Americanos desse mesmo ano, conquistada pela compatriota Daniella Rosas. Além de ainda não ter garantida a vaga olímpica, que só poderá conseguir através do Mundial ISA que se disputará em maio em El Slavador, Mulanovich nem sequer tem garantida a presença nesse mesmo Mundial.
De acordo com a Federação Peruana de Surf a campeã mundial em título não tem garantida a presença no Mundial ISA, sendo que as vagas serão definidas através de um torneio de qualificação. Dessa forma, a campeã mundial em título terá de entrar nesse mesmo torneio para poder ir a El Salvador defender o título conquistado em 2019.
Um cenário que deixou a experiente surfistas, de 39 anos, revoltada e em guerra com a Federação peruana. No entender de Mulanovich “é injusto” que tenha de passar por esse torneio e que ainda não tenha o seu lugar garantido em El Salvador. Mesmo que a decisão final da equipa peruana seja da responsabilidade da equipa técnica e não esteja diretamente ligada com quem vencer o torneio.
“Estou muito desiludida porque não foi fácil alcançar tudo o que alcancei”, começou por dizer Sofia Mulanovich à imprensa peruana. “Penso que essa vaga deveria ser minha por direito e estão a tirar-ma das mãos sem dar qualquer explicação. Ganhei o título mundial com muita garra, entrega e paixão, como sempre faço quando represento o Peru. Só peço que reconheçam o meu título e me deixem lutar pela qualificação para Tóquio. Esta vaga é merecida”, frisou.
Mulanovich salientou ainda que para chegar ao título mundial teve de enfrentar as melhores do surfista do Mundo e vencê-las, como aconteceu na final em que dividiu o palco com a havaiana Carissa Moore, a atual campeã mundial em título do WCT, e também com as brasileiras Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima, todas elas já com o lugar garantido nos Jogos Olímpicos.
“Nunca imaginei que de um momento para o outro me pudessem tirar este grande sonho, que tenho desde que soube que o surf ia ser um desporto olímpico. Só peço justiça e que me respeitem. Julgo que mereço isso depois de tudo o que fiz pelo surf e pelo desporto peruano”, terminou “Rainha Sofia”, como é conhecida no seu país.
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FotografiaISA
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FonteRedação
