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- Em 2013 abrandou completamente a nível internacional e em 2014 acabou por fazer a despedida do WQS.
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Frederico Morais foi o surfista dominador do Allianz Figueira Pro e recolheu para si todas as atenções do início ao fim da prova que marcou o regresso do surf a nível mundial. Mas tem de ser feita justiça aos outros nomes que também ajudaram e muito a elevar o espetáculo. Um deles foi Filipe Jervis, que teve de esperar até aos 29 anos para chegar à primeira final da carreira na Liga MEO Surf.
Atualmente já afastado do profissionalismo e também das lides internacionais, Jervis foi outrora uma das maiores esperanças do surf nacional e conseguiu mesmo dar nas vistas fora de portas. Curiosamente, foi há 10 anos que conseguiu o maior feito da carreira. O surfista de Cascais tinha 20 quando venceu surpreendentemente uma prova do Pro Júnior Europeu, nas Canárias, terminando com o vice-título do circuito.
Depois de no fim-de-semana anterior ter conseguido ser finalista de uma prova no País Basco, Jervis aproveitou o balanço e em Lanzarote ninguém o travou. Nas meias-finais bateu o francês Tom Cloarec e na final o marroquino Ramzi Boukhiam, mostrando todo o seu arsenal aéreo no pico de La Cicer. Um triunfo que atirou Jervis para a liderança dos rankings.
O jovem surfista acabou por perder o título na etapa final, mas conseguiu um honroso vice-título e a qualificação para o Mundial de Juniores. No entanto, nas duas etapas que pertenciam ao circuito, Jervis apenas conseguiu avançar uma ronda numa delas, ficando longe dos lugares de destaque.
Curiosamente, essa haveria de ser a única vitória de Jervis na ASP, atual WSL, isto numa altura em que o circuito júnior era Sub-21, ao contrário de agora que é Sub-18. Filipe Jervis Pereira prosseguiu a profissionalização e o sonho internacional, mas após duas desgastante temporada a correr o Mundo (2011 e 2012) acabou por abrandar a procura desse sonho.
O melhor que conseguiu foi ser 179.º do ranking em 2011, depois de ter corrido quase todas as provas europeias. Jervis ainda se aventurou na perna australiana no ano seguinte, mas os resultados nunca chegaram a ombrear com o sucesso obtido naquele Pro Júnior. Em 2013 abrandou completamente e em 2014 acabou por fazer a despedida do WQS.
Desde então, apesar de se ter mantido sempre em ação no circuito nacional, Jervis afirmou-se mais como freesurfer. Além dos aéreos também evoluiu imenso nos tubos. Com o andar dos anos perdeu o patrocinador principal de longa data e atualmente dá aulas de surf para prosseguir a fazer aquilo que mais gosta: surfar.
Depois de ter estado ainda na luta pelo título nacional em 2018, um pouco de forma surpreendente, Jervis iniciou agora 2020 com um grande resultado. Mas mais do que isso, com um surf de grande nível, capaz de competir com os melhores na Figueira, inclusivamente deixando pelo caminho nos quartos-de-final o campeão nacional Miguel Blanco e nas meias-finais e jovem prodígio Afonso Antunes.
“Pere”, como é conhecido entre os amigos, pode não ter atingido o potencial que denotou no início da carreira, nem dar sequência a esse histórico triunfo nas Canárias, mas a final alcançada na Figueira serviu para mostrar ao país que a qualidade sempre ali esteve. Mesmo sem estar dedicado a 100 por centro à carreira de surfista, irá Jervis, 10 anos depois, fazer nova gracinha, desta vez na Liga MEO Surf?
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FotografiaASP
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FonteRedação
