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- A ação foi promovida pela Junta de Freguesia de São Martinho do Porto.
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A notícia foi avançada pela publicação 'Gazeta das Caldas'. O areal da Praia de São Martinho do Porto foi desinfetado, no fim de semana de 2 e 3 de maio, com um composto químico, denominado de hipoclorito de sódio.
Esta foi uma ação promovida pela própria Junta de Freguesia de São Martinho do Porto, tendo a manobra sido realizada por um trator e observada por alguns cidadãos.
Ao 'Gazeta das Caldas', o presidente da junta, Joaquim Clérigo, referiu que o nível da solução utilizada foi inferior a 1%. "O depósito tem 400 litros e utilizámos três litros de hipoclorito", explicou.
O episódio ocorrido já mereceu reparos por parte da associação ambientalista ZERO. "São produtos que têm um impacto ambiental significativo. Estamos a falar de uma praia que à partida estava deserta, pelo que não há razão para as juntas de freguesia gastarem dinheiro neste tipo de intervenções. De onde veio o vírus para justificar uma desinfeção que o faça desaparecer?", questionou Susana Fonseca, membro da direção da ZERO, ao site do 'Público'.
Ainda assim também ao 'Público', a professora do departamento de Engenharia Química da Universidade de Porto, Conceição Alvim Ferraz, considera que, tendo em conta o revelado, foram utilizados níveis de hipoclorito muito baixos. "Tenho dúvida que tenham algum poder desinfetante", referiu.
O hipoclorito de sódio é um composto químico ativo na maioria das lixívias domésticas. Trata-se de um desinfetante de ação rápida, que permite combater diversos microrganismos, incluindo batérias e vírus. Pode ser tóxico, caso seja utilizado em concentrações elevadas.
Recorde-se que, neste tempo de pandemia de Covid-19, recentemente também esteve na ordem do dia uma ação levada a cabo numa praia em Zahara de los Atunes, localizada na província espanhola de Cádiz.
Aí as autoridades locais decidiram desinfetar o areal com lixívia, o que resultou na destruição de toda a vida existente no areal. Isto levou mesmo a que alguns ecologistas tivessem afirmado que o comportamento adoptado havia sido um "atentado ecológico".
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FonteRedação
