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Desde o passado dia 24 de março que toda a Índia está em quarentena para fazer face à propagação do novo coronavírus. 

Uma medida que naturalmente tirou a população da rua, encerrou fábricas e reduziu o número de veículos a circular na via pública. Todo este mix teve como consequência a queda abrupta da poluição do ar num dos países do mundo com níveis mais elevados de emissões poluentes. Um cenário que repete o que já havia acontecido com a China, o primeiro país a ser fortemente afectado pelo Covid-19.

Nos últimos dias a poluição do ar caiu de tal forma que em "Deli já não existia um céu tão azul há 10 anos". Isto foi que o disse Jyoti Pande Lavakare, responsável da organização ambientalista indiana Care for Aid, à norte-americana CNN.

Esta realidade é constatada pela queda abrupta nos níveis de particulas PM2,5. Entre os dias 20 e 27 de março, houve uma diminuição de 71% nestas partículas altamente prejudiciais à saúde humana em Nova Deli.

Uma percentagem que representa a passagem de 52  microgramas de partículas por metro cúbico para apenas 26 microgramas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o máximo considerado saudável deve ser de 25 microgramas.

Também o dióxido de azoto caiu 71% na capital indiana, de 52 por metro cúbico para 15 partículas durante o mesmo período. Níveis semelhantes de diminuição da poluição foram registados noutras cidades como Mumbai, Chennai, Calcutá e Bangalore.

Toda uma realidade que contrasta com aquela que foi vivida em 2019, ano em que a cidade de Nova Deli atingiu os piores níveis de sempre em termos de poluição do ar. De modo a minimizar os efeitos deste cenário, houve quem tivesse aberto um bar que vendia oxigénio (!)

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