Homepage
- A Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima lamenta que o Governo desconheça a falta de meios humanos naquela força.
-
-
Em entrevista recentemente concedida ao semanário 'Expresso', o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que no verão necessárias medidas de restrição nas praias, pois não poderão existir aglomerados de pessoas devido à pandemia do novo coronavírus.
Perante esta revelação do chefe do executivo, a Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima lamentou que o primeiro-ministro desconheça a falta de meios humanos naquela força, afirmando que sobram pouco mais de 300 polícias para garantir a segurança das praias no país.
“Sobram pouco mais de 300 polícias para garantir a segurança de mais de 800 quilómetros de praias de Portugal”, referiu ontem em comunicado a ASPPM.
“Com uma média de idade de 44,5 anos e com a enorme escassez de recursos humanos, (que há mais de duas décadas a ASPPM vem a alertar a tutela para a necessidade do aumento do seu quadro de pessoal), foi com enorme apreensão que os profissionais da Polícia Marítima constataram que o primeiro-ministro António Costa, desconhece a amplitude e a realidade do problema”, indica a associação.
A ASPPM lembra que no passado dia 7 de abril, em sede de Comissão de Defesa Nacional, o ministro da Defesa Nacional (MDN), confrontado com a falta de meio humanos na Polícia Marítima, afirmou “estar confortável com o modelo atual do duplo uso, uma vez que permite que 90% do efetivo da Polícia Marítima esteja envolvido em serviço operacional porque tem o apoio do ramo militar da Marinha de Guerra Portuguesa”.
“A ASPPM chamou a atenção publicamente para a falta de rigor dos números apresentados pelo MDN, que demonstram um total desconhecimento e alheamento da realidade do funcionamento e gestão da única polícia que tutela”, refere.
Segundo a associação, a Polícia Marítima tem neste momento cerca de 545 profissionais ao serviço no continente e ilhas.
Destes profissionais, refere, 10% estão em situação de pré-aposentação na efetividade e 40% prestam serviço no comando-geral da Polícia Marítima, na Escola da Autoridade Marítima, na Unidade Especial da Polícia Marítima e nos serviços administrativos das Capitanias.
“As capitanias são simplesmente entidades administrativas e conservadoras, não cabendo a estas as matérias de segurança pública nas praias”, indica.
Assim, refere, o primeiro-ministro “endossa a resolução do problema das praias para as autarquias e capitanias, faltando agora saber se as autarquias enviam a sua polícia municipal, e as capitanias enviam os militares da marinha, sabendo-se que nem uns nem outros possuem competências de força de segurança, nem manutenção de ordem e tranquilidade públicas”.
Para a ASPPM, a falta de pessoal na Polícia Marítima é apenas uma questão de vontade política, nomeadamente do Governo, que insiste em manter esta polícia “neste estado de definhamento”.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram
-
-
FotografiaAutoridade Marítima Nacional
-
FonteRedação
