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  • O impacto da crise do coronavírus na indústria nacional dos shapers
    27 abril 2020
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  • Fotografia
    Paulo Pires/Espiral do Tempo/Ribaucourt/Pedro Santos Ribeiro
  • Fonte
    Alexandre Melo
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  • Estivemos à conversa com a Xhapeland e a Semente Surfboards para perceber como é que estas duas marcas estão a viver este período conturbado.
  • Por força da pandemia do novo coronavírus, Portugal vive desde o passado dia 19 de março debaixo do estado de emergência. Medida que foi decretada para conter a propagação da pandemia de Covid-19.

    Em todo o país impera o dever geral de recolhimento e como tal a atividade económica ficou praticamente paralisada. Grande parte dos estabelecimentos comerciais foram forçados a encerrar, situação que naturalmente está a afetar diversos setores de atividade. Neste lote está incluída a indústria do surf.

    Um dos 'players' do mercado que mais está a sofrer são as lojas e fábricas de pranchas. Impossibilitadas da venda presencial ao público, devido à legislação em vigor, estes agentes tentam adaptar-se da melhor forma a este momento inédito da sua existência. 

    Um período que para a Semente Surfboards e a Xhapeland é o "mais duro" da sua existência, sendo que no 'day after' de tudo isto vislumbra-se um futuro cheio de incertezas. Paulo Pichel, sócio da Xhapeland, compara mesmo o atual momento a um "tsunami que vem de todos os lados". 

    Já os sócios fundadores da Semente Surfboards, Miguel Katzenstein e Nick Urichhio, não escondem que a atual situação pandémica está a "ter bastante impacto tanto a nível financeiro, bem como na estrutura humana. Estamos a menos de 50% do normal".

    Perante tal tsunami, ambas as marcas entraram em regime de lay-off e adaptaram as respetivas fábricas à situação. A Semente Surfboards "reforçou as medidas de segurança na fábrica" estando a funcionar a "meio gás". "A nossa equipa cumpre e respeita as novas regras estando a trabalhar em turnos de duas pessoas de cada vez para minimizar o risco de contágio", explicam Nick e Miguel. 

    Quanto à Xhapeland, que possui sede em Cascais, para além da sua loja The Base, esteve com a "fábrica encerrada durante um mês (16 de março até 14 de abril), pelo que a quebra de produção foi total. Numa altura em que a fábrica estava com várias encomendas e com uma produção alta, de um dia para o outro tivemos que parar tudo", referiu Paulo Pichel ao MEO Beachcam.

    A reabertura da fábrica apenas ocorreu no final da primeira quinzena de abril (dia 15), mas "por motivos de segurança e aconselhamento do DNA Cascais, optámos por uma abertura parcial. Só permanecem na fábrica três colaboradores por dia, devidamente protegidos e com as distâncias recomendadas".

    Refúgio no online

    Com a venda presencial ao público impossibilitada, tanto a Semente Surfboards como a Xhapeland foram obrigadas, por estes dias, a apostarem todas as fichas no online. Através de sistemas de encomendas, estas duas insígnias exploram ao máximo as novas tecnologias e garantem ao mesmo tempo que o cliente fique em segurança e receba na sua residência aquilo que solicitou.

    Apesar de "todo o trabalho sempre ter sido baseado no contacto pessoal", a Semente Surfboards explica que a iniciativa arrancou no "início do presente mês de abril e a "adesão tem sido positiva", revelam os dois sócios fundadores da Semente Surfboards, que tem sede no concelho de Mafra. E como é que tudo funciona? 

    "O cliente envia-nos um email para semente@semente.pt com o número de telemóvel e diz-nos qual o dia e hora em que o nosso shaper Nick Uricchio poderá contactá-lo, preferencialmente através de chamada de vídeo por WhatsApp ou FaceTime. Iremos guiá-lo através do nosso stock para ver se temos algo que se ajuste aquilo que procura. Se o cliente preferir uma prancha à medida, iremos tratar dos pormenores por telemóvel e convidá-lo a ver a sua prancha a ser shapeada em directo através do nosso Instagram. Esta é outra das novidades que introduzimos devido à crise causada pelo Covid-19 dando a todas as pessoas a oportunidade de nos verem a shapear em directo", explica Miguel Katzenstein.

    Por seu lado, a Xhapeland também procura contrabalançar no online o facto de no mês de março a quebra da faturação ter sido superior a 50%. "Felizmente, neste canal de vendas a quebra não tem sido tão significativa. Foi lançada uma campanha de 20% de desconto em pranchas de stock, para compensar os clientes pelo tempo de espera alargado. Temos recebido encomendas (online) não só de clientes portugueses como estrangeiros, que têm mostrado compreensão total para com os novos prazos de entrega, que naturalmente tiveram de ser prolongados. O feedback que nos tem chegado é de uma confiança absoluta na seriedade e qualidade do nosso trabalho, e até de um desejo genuíno de ajudar a indústria neste momento difícil".

    Uma aposta no online que ganhou ainda mais força e que dadas as incertezas quanto ao futuro, Paulo Pichel entende que é sem dúvida "um canal a investir". Isto apesar de existir a perfeita noção de que o "surfista tipifica um tipo de cliente que gosta de pegar no produto, tocar na prancha, pô-la debaixo do braço, antes de completar a compra. No entanto, o crescimento estável e significativo das nossas vendas online revela uma confiança crescente nos nossos canais digitais".

    Do lado de Miguel Katzenstein e Nick Uricchio, ambos reconhecem que o "crescimento do meio online vai continuar", mas o "surfista continuará sempre a gostar de estar em contacto com o shaper e as pranchas de surf".

    Quanto a um aparente início do regresso à normalidade, veremos em que moldes arrancará, no início de maio, o processo gradual e faseado de retoma da atividade económica.

    No entanto, Paulo Pichel deixa o alerta. "Do meu ponto de vista, não só para a Xhapeland, mas também na economia em geral, vamos ter que 'aguentar' até ao fim do ano para podermos ultrapassar este obstáculo e voltar a ter segurança de novo. O problema aqui é que muitas destas empresas não vão ter capacidade financeira para poder aguentar tanto tempo e as tão esperadas ajudas não vão chegar no devido momento e/ou nem vão ser suficientes", concluiu.

     

     

     

     

    Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.

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