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Hoje é o dia em que cerca de mil peixes reproduzidos em cativeiro no Posto Aquícola de Campelo, em Figueiró dos Vinhos, são libertados na ribeira do Torgal, em Santa Luzia (Odemira).

Os peixes inseridos nesta ação de repovoamento pertencem às espécies boga-do-sudoeste (iberochondrostoma almacai) e escalo-do-mira (Squalius torgalensis). Duas espécies que estão em perigo de extinção.

Esta é uma iniciativa que surge no âmbito do projeto 'Conservação ex situ de organismos fluviais', dinamizado pela Quercus, Aquário Vasco da Gama, MARE-ISPA e Faculdade de Medicina Veterinária, e que tem como parceiro a Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos.

O projeto está em curso desde 2008 com o objetivo de reproduzir e manter populações exi situ de algumas das espécies de peixes de água doce mais ameaçadas do nosso país.

Apesar de estarmos em pleno estado de emergência no país, por força da pandemia do novo coronavírus, esta ação manteve a sua data uma vez que a Quercus considera ser "da maior urgência realizar a libertação dos peixes, devido a obras de requalificação que vão acontecer no Posto Aquícola de Campelo, estrutura de onde provêm os peixes a libertar".

Recorde-se que recentemente, no âmbito deste projeto, cerca de 400 peixes da espécie ruivaco-do-oeste (achondrostoma occidental), reproduzidos em cativeiro, foram libertados no rio Alcabrichel, em Ramalhal, Torres Vedras. 

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