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- Devido à atual situação de estado de emergência os cursos encontram-se suspensos.
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É para o próximo dia 1 de junho que está marcado o início da época balnear de 2020. Um arranque que estará sempre dependente da evolução da atual situação de pandemia e por consequência do levantamento do estado de emergência.
Perante o cenário de arranque a 1 de junho, a Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS) garante que irá "concordar" com todas as medidas aprovadas pelas autoridades de saúde para as praias.
No entanto, adverte para a falta de 1500 a 2000 vigilantes para a próxima época balnear, devido à suspensão dos cursos, com a declaração do estado de emergência.
“Fizemos um estudo e chegámos à conclusão que apenas 49,2% dos nadadores-salvadores voltam a trabalhar na época balnear seguinte, o que quer dizer que temos uma necessidade de formar 2000 nadadores salvadores todos os anos”, indicou Alexandre Tadeia, presidente da FEPONS.
Por este motivo, a Autoridade Marítima Nacional estendeu a validade dos cartões que expiravam este ano, mas, segundo Alexandre Tadeia, a medida não é suficiente.
“É verdade quando o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e a Autoridade Marítima dizem que temos nadadores certificados em número suficiente em Portugal. Temos mais de 6000 nadadores-salvadores certificados, mas eles não estão disponíveis para trabalhar. Essa é que é a grande questão”, sublinhou à agência noticiosa Lusa.
Na visão de Alexandre Tadeia, a Autoridade Marítima “já fez o que podia” na parte operacional, pelo que a situação agora só pode ser resolvida “pela parte política”, com incentivos fiscais e sociais que incentivem estes profissionais a trabalhar durante o verão.
“Nós fizemos parte da solução, porque logo em março enviámos ao Governo e aos grupos parlamentares cinco propostas para que esta situação possa ser amenizada, porque senão vai haver um enorme 'stress' por parte dos concessionários que vão querer abrir e não podem porque não vão ter nadadores-salvadores”, apontou.
Neste sentido, a federação defendeu que os nadadores-salvadores devem ter benefícios fiscais, como a isenção de IVA ou uma redução nas propinas escolares, dado que grande parte destes profissionais ainda são estudantes.
“Nós não estamos a inventar nada, isto é o que os americanos fazem. Eles também têm sazonalidade de nadadores-salvadores e dão enormes benefícios fiscais e sociais para incentivar as pessoas a trabalhar no verão. Por exemplo, têm professores e várias profissões que trabalham como nadadores-salvadores devido aos fortes incentivos”, indicou.
Além disso, considerou que deveria haver um regime especial de contratação sazonal durante a época balnear, que “implique menos custos às entidades empregadoras”, e uma alteração dos dispositivos de segurança, com “ligeiras reduções no número de nadadores-salvadores”, porque “mais vale alguma segurança, do que nenhuma”.
De acordo com Alexandre Tadeia, a Comissão de Defesa Nacional e alguns grupos parlamentares “mostraram interesse de reunião”, mas ainda não se concretizou nem há datas agendadas.
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FonteRedação
