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- Vasco bateu Zé com um score de 19,25 contra 17,80 do rival, com muita emoção até final.
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Estávamos em meados de Abril de 2014. Na altura era a segunda etapa da Liga MEO Surf, ao contrário do que seria suposto acontecer este fim-de-semana, com a realização da etapa inaugural de 2020 no sempre histórico salão natural de Ribeira d’Ilhas, não fosse a grave situação criada pelo novo coronavírus. Recuamos seis anos no tempo para recordar um evento que fez história e para podermos surfar sem sair de casa. Falamos do Allianz Ericeira Pro 2014. Esse mesmo que teve aquela que é considerada por muitos como a melhor final da história do surf nacional – pelo menos nesta década…
Depois de Frederico Morais lhe ter “roubado” o título nacional no ano anterior, a temporada de 2014 não tinha começado da melhor forma para o jovem Vasco Ribeiro. Kikas entrou com tudo na Liga MEO Surf 2014, vencendo na Caparica, numa etapa em que venceu Marlon Lipke na final e depois de Vasco ter caído nos quartos-de-final. Com as previsões a mostrar bom surf a caminho da Ericeira, estava montado o palco para o surfista da Poça tenta responder ao arranque menos positivo.
Durante três dias Ribeira d’Ilhas, como já é hábito, ofereceu ondas de potencial, sobretudo no dia final. E à medida que a emoção ia aumentando na prova, o mar ia melhorando. Fase após fase, ondas após onda. Kikas acabou por ser eliminado surpreendentemente antes da fase man-on-man e Vasco viu a janela de oportunidade perfeita. Mas pela frente tinha ainda adversários de muita qualidade.
Com os super “locals” Tomás Fernandes e Gony Zubizarreta a caírem nas meias-finais, a decisão do título - já depois de Carina Duarte ter vencido a prova feminina - ficou a cargo de Vasco Ribeiro e Zé Ferreira, numa altura em que o surfista de Cascais estava num dos melhores momentos da carreira e à procura daquele triunfo que acabou por nunca lhe aparecer. Mas não foi por culpa própria, sobretudo na Ericeira. Isto porque foi Zé quem saiu na frente da bateria, conseguindo rapidamente um score alto.
Aguçado pela pressão dos números, como já era seu apanágio, Vasco respondeu na mesma moeda. As notas altas começaram a sair perante o delírio de centenas que marcavam presença na praia. Foi um verdadeiro jogo de parada e resposta, cujo vencedor pareceu sempre incógnito até final. Só que Vasco puxo um coelho da cartola e aliou surf progressivo ao seu já famoso power, deixando Zé sem qualquer hipótese de reação no final.
Com uma onda de 9,25 pontos e outra de 10! – talvez uma das poucas conseguidas em toda a história da Liga – Vasco conseguiu o triunfo na etapa, perante uma excelente réplica de Zé Ferreira, que mesmo com uns incríveis 17,80 pontos. Um verdadeiro hino ao surf, que ficarão na memória de todos os que assistiram a esta final explosiva. E que seria um bom sinal para o enorme triunfo de Vasco, meses mais tarde, ali mesmo, no Mundial de Juniores da WSL.
Embora as imagens sejam raras, ainda se encontrou algo que demonstra bem o nível que houve na água!
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FotografiaANS
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FonteRedação
