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- No primeiro semestre existiu uma redução de emissões calculada em 9,6 milhões de toneladas.
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A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou um relatório segundo o qual a procura global de petróleo deve contrair-se este ano pela primeira vez desde 2009.
Tudo devido ao novo coronavírus, sendo que estão em causa menos 90 mil barris de petróleo por dia em relação ao ano passado.
Transpondo a quebra no consumo de petróleo para as emissões de dióxido de carbono (CO2), no primeiro trimestre houve uma redução de emissões calculada em 9,6 milhões de toneladas, o equivalente a menos 1,4 vezes às emissões de Portugal em 2017.
No total o mundo está a emitir menos um milhão de toneladas de CO2 por dia.
Se à redução na procura de petróleo se juntar o abrandamento do consumo de carvão bem como a suspensão de milhares de voos, com base em números divulgados pelo portal especializado 'Carbon Brief', as estimativas indicam que as emissões mundiais de CO2 podem reduzir-se este ano em cerca de 7%, um valor próximo do que o planeta Terra devia atingir em 2020 com os esforços dos países para cumprir o Acordo de Paris sobre alterações climáticas.
O presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, disse à agência noticiosa Lusa que a redução no consumo de petróleo é ainda assim muito baixa e lembrou que "é precisa uma redução de 7,6%" em cada ano.
Francisco Ferreira salienta que para que sejam atingidos os números de redução de emissões para este ano era preciso que o cenário de pandemia se mantivesse.
"Somando a redução mundial do consumo de petróleo, o cenário na quebra de produção na China e quebras à escala mundial ficamos efetivamente próximos da meta das Nações Unidas para a temperatura não ultrapassar os 1,5 graus", notou o responsável, acrescentando que "estas são mudanças conjunturais e não estruturais e com impactos que em áreas como o emprego não são também as desejáveis".
A associação ambientalista Quercus alerta que essa quebra de emissões não é a longo prazo, e diz, em comunicado, que ou "se aproveita a crise para mudar comportamentos, ou mais tarde a recuperação económica poderá, provavelmente, ser ainda mais prejudicial".
Para já, acrescenta, em termos ambientais tem um malefício, o consumo exponencial de materiais em plástico descartável, como luvas e máscaras.
Recorde-se que na crise financeira de 2008/2009 também houve uma grande queda, mas depois da crise vieram as medidas dos governos para estimular as economias e voltaram em força as emissões de CO2.
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FonteRedação
