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- A área abrangida por estas explorações agrícolas equivale a 1600 campos de futebol e pode crescer ainda mais.
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Não é segredo para ninguém que o litoral alentejano tem sido alvo de grandes modificações nos últimos anos. No entanto esta mudança não significa que seja para melhor.
Prova disso é por exemplo o trabalho publicado, na passada segunda-feira, pela revista 'Visão'. Parte do litoral alentejano, nomeadamente a zona do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, está cada vez mais coberto por um mar de estufas de plástico.
Estruturas que arrastam consigo problemas para o ecossistema, ainda para mais em zona protegida, e qualidade de vida das pessoas na região.
O facto das estufas agrícolas proliferarem como cogumelos, está relacionado com uma resolução do Conselho de Ministros, do dia 24 de outubro de 2019, que permite a criação de mais estufas no litoral alentejano.
A resolução permitiu o aumento de 30 para 40% da área de aproveitamento hidroagrícola do Mira. Situação que possibilita que a área ocupada por estufas e coberturas de plástico possa chegar aos 4800 hectares de terreno.
Uma imensidão de estufas no parque natural que está a gerar revolta entre as populações locais, que unem-se para tentar fazer face a este problema. Essa união é representada, por exemplo, pelo novo movimento Juntos pelo Sudoeste.
Este é um movimento de cidadãos de Odemira e Aljezur, que de acordo com o seu manifesto tem como objetivo "limitar o avanço galopante e descontrolado da indústria agrícola, nomeadamente as culturas cobertas por quilómetros de plástico”.
Sara Ferrão, elemento do Juntos pelo Sudoeste, explicou à 'Visão' os contornos dramáticos do crescimento das estufas de plástico.
"Numa faixa com um comprimento de 40 quilómetros entre Vila Nova de Milfontes e Odeceixe e com uma largura de cerca de 5 a 10 quilómetros entre a estrada N120 e as praias que se promovem como ‘As Melhores Praias de Portugal’, estima-se haver uma área equivalente a cerca de 1600 campos de futebol, que podem triplicar até 4800", revelou.
A parte deste problema existe ainda o facto das explorações agrícolas albergarem trabalhadores imigrantes, que segundo Sara Ferrão podem atingir as "36 mil pessoas, numa região que tem uma população que está dimensionada para cerca de 26 mil habitantes".
No combate contra este aumento descontrolado das explorações agrícolas, o movimento Juntos pelo Sudoeste lançou uma petição pública. O objetivo desta é atingir as quatro mil assinaturas, número que permite que toda esta temática seja debatida na Assembleia da República.
Ao dia em que é publicado este artigo, dia 30 de janeiro, a petição já recolheu 3646 assinaturas.
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FotografiaFacebook Juntos pelo Sudoeste
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FonteRedação
