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Um dos pontos quentes da crise climática é a bacia do Mediterrâneo, sendo que essa mesma crise atinge esta região com mais força do que em outras partes do mundo.

Esta é a ideia defendida pelo professor Wolfgang Cramer, diretor científico do Instituto Mediterrâneo de Biodiversidade e Ecologia com sede em França, em declarações à publicação espanhola 'El País'. 

O mesmo especialista diz que o aumento da temperatura na região do Mediterrâneo já atingiu 1,5 graus em comparação com os níveis pré-industriais, situação que afecta 500 milhões de pessoas de três continentes. O aquecimento na bacia do Mediterrâneo é 20% mais rápido do que na média do planeta. 

Sem medidas adicionais que reduzam os gases com efeito de estufa, Wolfgang Cramer prevê que o aumento da temperatura chegue aos 2,2 graus em 2020 e exceda os 3,8 graus em algumas regiões da bacia em 2100.

Em duas décadas, estima-se ainda que 250 milhões de pessoas venham a sofrer com falta de água na região, devido às secas. 

Já Portugal, segundo o artigo publicado no 'El País', também sofrerá com este aumento da temperatura no Meditêrraneo. Nas regiões Norte, Centro e parte do Sul Interior a temperatura subirá dois a très graus e na faixa costeira do Oeste e Sul, o aumento será entre 1,5 e 2 graus. 

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