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- Ação fez parte do conjunto de iniciativas de cariz social e ambiental desenvolvidas durante a Taça de Portugal de Surfing 2019.
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O Grupo Norte Portugal, o Ericeira Surf Clube (ESC) e a Associação Para Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Mafra (APERCIM) promoveram no passado dia 6 de Setembro, na Praia do Matadouro, uma sessão de Surf Adaptado para pessoas com deficiência.
Esta ação fez parte do conjunto de iniciativas de cariz social e ambiental desenvolvidas durante a Taça de Portugal de Surfing 2019, o maior evento desportivo de clubes de surf realizado em Portugal, que reuniu na Praia da Foz do Lizandro 23 clubes e 350 atletas (novo recorde da prova) que competiram nas disciplinas de surf, bodyboard e longboard.
A sessão de Surf Adaptado contou a participação de 12 jovens com diversas tipologias e graus de deficiência que tiveram a oportunidade de experimentar a sensação única de surfar uma onda.
Para Miguel Barata de Almeida, presidente do Ericeira Surf Clube (clube organizador do evento), em 2019 existia o "objetivo de fazer a Taça de Portugal um evento mais inclusivo. Demonstrar que o surf não é um desporto de elites e que todos podem e devem participar, em especial aqueles que se encontram numa situação de maior vulnerabilidade e exclusão social.Quisemos igualmente promover o trabalho social que muitos dos clubes participantes, sem recursos e apoios, desenvolvem sem qualquer visibilidade nacional, mas com um grande impacto ao nível local. Por fim, quisemos ajudar a disseminar os valores representativos do surf que tornam a nossa sociedade num espaço mais inclusivo e mais promotor de estilos de vida saudáveis geradores de maior qualidade de vida e bem-estar.
Penso que no plano social, a sessão de surf adaptado conjugada com a exposição da Fundação Grupo Norte 'As Pessoas com Deficiência na sua Vida Quotidiana', conseguimos demonstrar à comunidade que o desporto, em geral, e o surf, em particular, são uma poderosa ferramenta de inclusão social. Sabemos pelo feedback espetacular e pelas felicitações que tivemos por parte de visitantes, comerciantes e participantes na Taça que os nossos objetivos foram amplamente alcançados, o que é muito reconfortante e nos deixa muito felizes. Espero que no próximo ano a Taça de Portugal de Surfing dê continuidade a mais iniciativas como estas”.
Já para Hugo Silva, técnico da APERCIM e responsável pelo Projeto Sai Prá Rua - Desporto ao Ar Livre para TODOS, que esta ONGPD desenvolve com o apoio do INR,I.P. e do IPDJ,I.P. "esta ativade de surf, integrada no programa de uma competição nacional regular é a prova de que estas modalidades têm um enorme potencial integrador da pessoa com deficiência na prática desportiva.Surfando lado a lado com os demais praticantes, sempre de acordo com as suas capacidades e interesses, as pessoas com deficiência conseguem tirar partido da essência da onda, do deslize, do contacto com o mar, da praia e de todo o ambiente, ou seja aquilo que qualquer praticante procura tendo ou não deficiência.
Este foi um evento que despertou em todos os intervenientes a vontade de repetir e ir mais além. Disseminando esta experiência com um carácter regular estamos convictos que permitirá igualmente uma perspetiva de maior desenvolvimento bio-psico-social da pessoa com deficiência”.
Miguel Toscano, Country Manager do Grupo Norte Portugal, não escondeu que a entidade que representa mal soube do convite do Ericeira Surf Clube, em 2018, para fazer parte desta causa, "aceitou desde logo sem pestanejar. Para o Grupo Norte a integração de pessoas com deficiência na sociedade faz parte da nossa missão corporativa seja pelas oportunidades que oferecemos por via do emprego, da formação e do desenvolvimento de competências seja por via da componente social e desportiva onde se integra esta iniciativa.Dos mais de 12 mil colaboradores que gerimos diariamente, 5% são pessoas com deficiência aos quais se juntam 112 companheiras nossas vítimas de violência doméstica. Apoiamos muitas iniciativas desportivas seja ao nível da deficiência seja na promoção e desenvolvimento do desporto feminino, pois acreditamos que o desporto contribui decisivamente para o desenvolvimento de uma sociedade mais saudável, mais solidária e mais integradora.
Quando falamos das competências fundamentais para a integração no mundo laboral, acreditamos que a atividade desportiva pode funcionar como uma ferramenta poderosa para educar, formar e valorizar competências, bem como desenvolver talentos dentro das organizações.
Estamos, por isso, muito gratos ao ESC e à APERCIM por esta experiência espetacular sendo que estamos já a trabalhar conjuntamente no desenvolvimento de um projeto piloto de inclusão social de pessoas com deficiência através do surf em semelhança ao que já fazemos em Espanha onde apoiamos e promovemos o basquetebol em cadeira de rodas.”
A par das iniciativas de cariz social e ambiental durante a Taça de Portugal de Surfing 2019, ficou ainda acordado entre os três parceiros a assinatura para breve de um protocolo de acordo e compromisso.Documento que visa a criação em 2020, ano em que o surf fará a usa estreia no programa olímpico, de um núcleo dedicado ao Surf Adaptado dentro do Ericeira Surf Clube que integrará os utentes com deficiência da APERCIM e de outras instituições de reabilitação do concelho de Mafra.
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FotografiaEriceira Surf Clube
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FonteRedação
