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- Selecionador Nacional de Surf pensa em altos voos para Tóquio 2020 e ambiciona com a presença de mais surfistas portugueses no prestigiado evento.
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Parte da comitiva da Seleção Nacional, que esteve a competir no Mundial de Surf ISA disputado em Miyazaki (Japão), chegou hoje ao final da manhã ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Momento de regressar a casa após uma histórica jornada no país do sol nascente, que carimbou a primeira vaga de Portugal, em termos do estreante surf, para os Jogos Olímpicos de 2020, também a realizar no Japão, mas no caso na capital Tóquio.
O 'Beachcam' aproveitou o momento da chegada da comitiva lusa a Lisboa para estar um pouco à conversa com um dos principais obreiros de todo este trabalho. Falamos do Selecionador Nacional de Surf, David Raimundo.
David, antes de tudo parabéns pelo histórico resultado alcançado no Japão. É o teu momento mais alto à frente da Seleção Nacional?
É sem dúvida o momento mais alto da minha carreira como treinador. Apesar de no passado já ter tido alguns momentos importantes, como os títulos de campeão da Europa nas categorias Júnior e Open bem como os três vice-campeonatos do mundo, apurar Portugal para o maior evento desportivo do mundo é uma coisa única.
Este é o culminar de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde há muitos anos?
É o culminar de todo o trabalho que esta direcção e equipa técnica têm vindo a fazer. Ainda estamos a meio do caminho olímpico, pois em 2020 temos a hipótese de colocar mais três atletas nos Jogos Olímpicos. A partir de agora o nosso foco é esse mesmo. Atacar com todas as nossas forças o que resta da qualificação olímpica.
Agora que está a garantida a presença em Tóquio, qual o objetivo para esse evento? Pensar nas medalhas?
Temos de ter a ambição de lutar por uma medalha, seja com o Frederico Morais ou com qualquer outro surfista que venha a estar presente nos Jogos Olímpicos. Sabemos que o nível competitivo é muito alto, mas também temos a plena consciência de que os nossos atletas têm igualmente muita qualidade e são competentes. Se não acreditarmos que é possível alcançar uma medalha nunca conseguiremos atingir esse desiderato.
Sentes que a qualificação de Portugal para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 é o reconhecimento justo de tudo aquilo que o nosso país tem feito pelo surf em termos mundiais?
É sem dúvida um justo reconhecimento. Em apenas 20 atletas da categoria masculina conseguimos logo, à primeira tentativa, uma vaga. Com tantas potências mundiais presentes em Miyazaki, o resultado alcançado significa que o surf em Portugal está bom, tem qualidade e felizmente uma margem de progressão que é ainda muito grande.
Neste ano de 2019, o que ainda podemos esperar de atividade da Seleção Nacional?
Teremos, no final de Outubro, o Mundial de Surf Júnior, que decorrerá na Califórnia, mais concretamente em Huntington Beach. O objetivo, nesse evento, passa por tentar alcançar a melhor classificação de sempre, por equipas, no Mundial Júnior. Simultaneamente tentaremos colocar um atleta numa final e se possível lutar pela conquista de um título mundial.
Até ao momento, qual o balanço que é feito deste ano de 2019?
Para já, o balanço é muito positivo. Estou bastante orgulhoso com o que tem vindo a ser alcançado. Temos atingido todos os objetivos que foram propostos.
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FotografiaISA
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FonteAlexandre Melo
