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- A prancha vai permite corrigir a postura corporal através de um registo de desempenho, em que o praticante irá aprender a posicionar-se de forma mais eficiente.
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Se és daqueles que gostava muito de aprender a surfar na perfeição, embora a postura e o equilíbrio na prancha não te ajudem a melhorar e a ter uma aprendizagem fácil, então a solução para o teu caso está a chegar. Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) está a desenvolver uma prancha que se propõe a acelerar a aprendizagem e que também se apresenta como ecológica.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a instituição de ensino explica que está a ser desenvolvido um novo modelo de pranchas de surf, que “vai ajudar no processo de aprendizagem através de um melhor desempenho biomecânico”. Construída com materiais ecológicos e reciclados, esta prancha vai prevenir erros de postura corporal e de falta de equilíbrio dos praticantes.
“A biomecânica permite associar a destreza dos materiais da prancha com a forma como o atleta se deve posicionar para atingir um maior equilíbrio e melhor postura corporal, do seu corpo e acelerar a sua aprendizagem”, salienta Mário Velindro, presidente do ISEC, citado na nota. O projeto está a ser desenvolvido pelo Laboratório de Biomecânica Aplicada do ISEC.
A prancha vai permite corrigir a postura corporal através de um registo de desempenho, em que o praticante irá aprender a posicionar-se de forma mais eficiente, de modo a conseguir equilibrar-se melhor quando estiver no mar. “Os materiais e a estrutura da prancha já estão a ser trabalhados, assim como o interface homem-máquina, no qual estamos a estudar o envolvimento entre o praticante e o produto”, afirma Mário Velindro.
Eurico Gonçalves, antigo campeão de longboard e um dos maiores nomes do surf da Figueira da Foz, é a mente de onde surgiu esta ideia inovadora. “As pranchas das escolas de surf são geralmente poluentes, uma vez que os materiais que as compõem são derivados do petróleo e estas não costumam durar muitos meses”, explica Eurico Gonçalves, presidente da Associação de Desenvolvimento Mais Surf (ADMS).
O presidente do ISEC prevê que, em 2021, a solução já deverá estar concluída e pronta a ser comercializada. A ADMS pretende que a prancha sustentável produzida pelo ISEC seja uma réplica da primeira prancha de surf registada em Portugal, no ano de 1942. “Queremos que esta nova versão seja de madeira, tal como a de 1942, e que também seja leve e evoluída tecnologicamente para o seu tempo”, salienta Eurico Gonçalves.
Segundo o ISEC, o projeto foi construído, testado e fotografado na Figueira da Foz pelo desportista Nuno Fernandes, fruto do interesse manifestado por um grupo de estudantes de Coimbra. As pranchas de surf ecológicas vão ter como matérias-primas a madeira e o agave, uma planta da família dos catos, numa conjugação de materiais que as tornarão “mais leves e fáceis de manusear, garantido a sua rigidez e resistência mecânica”.
Por ano, em média, “saem de circulação entre oito a 15 pranchas em cada escola de surf. Se multiplicarmos este número por 350 – que é o número de escolas de surf registadas em Portugal -, temos entre três a cinco mil pranchas que, todos os anos, vão para o lixo e não podem ser recicladas”, acrescenta Eurico Gonçalves, que também é professor de surf.
“A prancha que estamos a produzir com o ISEC será composta por materiais de construção sustentáveis, os quais podem ser reaproveitados para criar um compósito que seja o núcleo do material de construção de novas pranchas. Assim, pode-se contribuir para a diminuição das grandes quantidades de resíduos que se regista atualmente, e que derivam do final de vida útil das pranchas produzidas a partir de materiais sintéticos”, refere o lendário surfista figueirense.
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FonteRedação
