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- Decorre o primeiro acampamento de acção climática em Portugal, que apela à justiça climática e posiciona-se contra a exploração de combustíveis fósseis.
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O Camp-in-Gás decorre entre os dias 17 e 21 de Julho. Uma acção que faz da Bajouca, localidade do distrito de Leiria e onde está previsto um dos dois furos de gás no âmbito da concessão à empresa australiana Australis Oil & Gas, a linha da frente da luta contra a exploração de combustíveis fósseis.
Ao segundo dia do Camp-in-Gás, a agenda foi marcada por debates e palestras sobre a dissonância entre o que dita a ciência e as políticas face à crise climática, a injustiça social e sua relação profunda com as alterações climáticas, a floresta perante estes desafios, o movimento antinuclear português, oficinas de compostagem, olaria, plantas terapêuticas e medicinais, carpintaria e escrita criativa.
“É extremamente importante dar a conhecer as várias dimensões da luta pela justiça climática: o que nos diz a ciência, o porquê da urgência e de só termos 10 anos para mudar tudo nas nossas sociedades e a extrema injustiça social que a crise climática provoca. Isto porque os mais pobres e que menos responsabilidade têm na emissão de gases com efeito de estufa são os que mais sofrem, com secas, cheias, escassez de água e de alimentos, milhares de migrantes e populações sem meios para fazer face às catástrofes naturais. E também é importante dizer que existe um plano para, em Portugal, reduzir as emissões em 60 a 70% nos próximos dez a quinze anos. Trata-se da campanha 'Empregos para o Clima', basta que exista vontade política” aponta Luís Fazendeiro, do Climáximo, um dos colectivos organizadores.
Em preparação da acção pacífica anunciada para o dia de amanhã no terreno concessionado à Australis para o furo de exploração de gás, precedida por uma manifestação pública de protesto contra a exploração de gás fóssil, houve lugar também para uma oficina de introdução à desobediência civil.
No plenário de acção, os cerca de trezentos activistas foram recordados das lutas já ganhas desde 2015, quando existiam 15 contratos de exploração de combustíveis fósseis activos, e particularmente do percurso de luta intensa contra o furo de Aljezur, que acabou por ser cancelado em 2018. Com a convicção clara de que os dois contratos restantes serão igualmente cancelados, a acção do próximo sábado foi comunicada aos activistas, que já se começaram a alinhar estratégica e logisticamente.
“Esta não é uma luta que possa ser ganha com petições ou actos simbólicos. É uma emergência e tem de ser tratada como tal. Se os governos não actuam em consonância com a gravidade e a urgência da situação, que nos coloca a todos em risco extremo, então a sociedade civil mobiliza-se e a desobediência civil torna-se, mais do que uma forma de luta, uma obrigação. É por isso mesmo que os movimentos se unem internacionalmente para fazer acontecer estas acções: na Península Ibérica temos o 2020 Rebelión por el Clima e a nível europeu o By 2020 We Rise Up, que são compromissos de escalada da mobilização.” enfatiza João Costa, um dos organizadores.
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FonteRedacção
