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- Desde 1998, a Grande Barreira de Coral sofreu quatro eventos de branqueamento em massa, sendo que dois deles ocorreram em anos consecutivos (2016 e 2017).
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Um estudo publicado este mês na revista “Nature”, por investigadores do Centro ARC de Excelência em Estudos de Corais, na Austrália, revelou que o aquecimento global está a ser prejudicial para a Grande Barreira de Coral, uma vez que tem grandes implicações na recuperação dos recifes de coral.
Os cientistas monitorizaram as mortes e nascimentos de corais após ondas de calor oceânicas que provocaram o branqueamento em massa da Grande Barreira de Coral em 2016 e 2017. As novas pesquisas mostram que há um limite para a capacidade de resistência, até mesmo dos maiores ambientes, e a mudança climática está a forçar esse limite num dos habitats mais preciosos do planeta.
Além de muitos corais terem morrido, pela primeira vez os investigadores observaram um decréscimo significativo no número de novos corais assentes no recife, prejudicando a capacidade de recuperação dos mesmos. “Pensávamos que a Grande Barreira de Coral era grande demais para entrar em colapso, mas não é”, disse Andrew Baird, um dos autores do estudo.
Desde 1998, a Grande Barreira de Coral, que cobre 344 mil quilómetros quadrados, sofreu quatro eventos de branqueamento em massa, sendo que dois deles ocorreram em anos consecutivos (2016 e 2017). A população de corais pode recuperar-se de um branqueamento maciço, mas, para tal, é necessária praticamente uma década.
Se as elevadas emissões de carbono prosseguirem, o branqueamento passará a ocorrer duas vezes por década já em 2035, e anualmente a partir de 2044, de acordo com modelos climáticos da Unesco. “Não é tarde demais para agir, mas o tempo está a esgotar-se", explicou o professor Baird, acrescentando que, na ausência de medidas climáticas drásticas, os recifes serão “fundamentalmente alterados”.
O assentamento de jovens corais no recife teve uma queda de 89% no ano passado, de acordo com o estudo. O tipo de coral que apresentou o declínio mais acentuado no assentamento de novos organismos (93%) foi o Acropora, que forma a maior parte do habitat do recife que sustenta milhares de outras espécies, incluindo trutas ou peixes-palhaço, por exemplo.
No entanto, os corais que sobrevivem ao trauma mostraram-se mais resistentes a períodos prolongados de calor extremo, de acordo com estudo. Dessa forma, os cientistas estão a tentar acelerar a reprodução das formas mais resistentes de coral na esperança de usá-las para repovoar o recife.
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FonteRedação
