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- Defendem que tal ato irá provocar “graves impactes ambientais, sociais, económicos, arqueológicos e de segurança da navegação, que se afiguram irreversíveis e permanentes”.
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As dragagens no rio Sado continuam na ordem do dia e, depois de os ambientalistas terem iniciado a luta contra aquilo que acreditam ser uma ameaça ao ambiente e ecossistema única da Arrábida, agora são os pescadores e os empresários a juntarem-se às vozes da discórdia. Juntos criaram uma petição para travar as possíveis dragagens.
Segundo noticia o jornal “Expresso” um grupo de 11 unidades uniu-se para dizer “não” ao projeto “de melhoria das acessibilidades ao Porto de Setúbal”, sublinhando o facto de tal situação ameaçar golfinhos do Sado e todos os ecossistemas do estuário e da Península de Tróia, além da pesca e turismo da região.
Foi na segunda-feira pela manhã que foram colocadas no papel as primeiras assinaturas da petição. Dirigentes de associações e movimentos como a SOS Sado, a Ocean Alive, o Clube Arrábida, a Zero, a APECATE, a Sesibal, a Setúbal Pesca e a Artesanal Pesca e empresários da Vertigem Azul, Neptun Pearl e Pestana Hotel Group assinaram o documento.
O objetivo primordial passa por travar as dragagens projetadas pela Administração do Porto de Setúbal (APSS) que preveem a retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário do Sado para que grandes porta-contentores entrem no Porto de Setúbal. Defendem que tal ato irá provocar “graves impactes ambientais, sociais, económicos, arqueológicos e de segurança da navegação, que se afiguram irreversíveis e permanentes”.
“Não abrir a porta à asneira, é o que importa”, reforça José Roquette do grupo Pestana, citado pelo “Expresso”, argumentando que “permitir estas dragagens é abrir uma porta para que novos atentados ambientais se cometam”. Admitindo que “se cometeram erros no passado”, lembra que “até aqui o jogo de interesses era equilibrado e uma decisão destas vem desequilibrar isto”.
“Em Portugal, as pradarias marinhas estão a desaparecer em toda a costa e o estuário do Sado é um dos poucos locais onde ainda existem e onde podemos mergulhar para ver a sua riqueza”, explica Raquel Gaspar, dirigente da Ocean Alive, que se dedica à conservação destes habitats e ao envolvimento da população local na sua proteção.
Em causa está também a atividade de 300 pescadores e o fornecimento de 75% do pescado que alimenta a gastronomia da região, do choco à sardinha, passando pelo polvo ou pelo linguado. “As dragagens e a deposição dos dragados na zona da Restinga em frente à península de Tróia “vai afetar uma zona rica em peixe e pôr em perigo a navegabilidade das embarcações de pesca”, argumenta Ricardo Santos, dirigente da Cooperativa de Pesca de Setúbal e Sesimbra (SESIBAL).
Na petição agora lançada, os signatários sublinham “falhas graves na garantia de preservação do património ambiental único do estuário do Sado bem como das atividades socioeconómicas das comunidades que dependem do mesmo” e que estes não estão refletidos no estudo de impacte ambiental aprovado.
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Fonte: Expresso
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FonteRedação
