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- Associação de Escolas de Surf de Portugal (AESP) defende que o prolongamento do atual molhe vai reduzir entre 40 a 60 por cento a ondulação na Praia de Matosinhos.
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É já na Primavera que vão arrancar as obras de prolongamento do quebra-mar de Matosinhos. Uma obra que está a preocupar a comunidade surfistas local, apesar de ter recebido a aprovação das entidades competentes, nomeadamente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Está previsto que a obra seja efetuada apenas durante os meses de abril e outubro, prevendo-se um período total de 2 anos para finalizá-la. O novo pontão será construído com rocha e coberto por betão.
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Segundo o documento emitido pela APA, que serviu para dar aval ao projeto, e prolongamento do Quebra-Mar exterior do Porto de Leixões numa extensão de 300m “não são afetadas áreas sensíveis”. No entanto, a Associação de Escolas de Surf de Portugal (AESDP) defende que o prolongamento do atual molhe vai reduzir entre 40 a 60 por cento a ondulação na Praia de Matosinhos, aumentando a poluição através do Rio Leça e da Ribeira de Reguinha e também intensificar a erosão a sul do areal da praia.
“Esta é uma praia que, na verdade, já é totalmente artificializada e normalmente com ondas com pouca força devido ao molhe existente. Será de esperar que a extensão tenha um grande impacto ao nível das ondas, colocando em risco a atividade das 17 escolas de surf licenciadas. Além disso, há a questão da forte erosão que se prevê para a parte sul da praia e de uma incerta, mas provável, maior concentração de poluição”, frisou Afonso Teixeira, membro da direção da AESDP, ao Beachcam.
Afonso garante que já esperava esta decisão, mas lembra que nem tudo foi perdido. “Já esperávamos que o parecer da APA fosse ser positivo. O grande interesse nacional que o governo tem demonstrado na obra desde o início e os números apontados - geração de riqueza, emprego, etc. - faziam prever isso mesmo, bem como aquilo que nos foram transmitindo as entidades locais, como a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, levavam a crer que fosse esse o desfecho”, admitiu.
“Contudo, não deixa de ser uma vitória para o surf as considerações que foram feitas pela APA para a compensação. Mas importa que a APDL as faça cumprir na integridade e, idealmente, ir mais além ainda”, apontou o dirigente.
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FonteRedação
