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- O estudante de doutoramento considera a sua descoberta como “promissora” por ser preparada através de “metodologias simples”.
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É português e estuda em Coimbra. César Cavalcante Filho é o nome do aluno que está a ser reconhecido por um projeto inovador que visa criar um produto que consegue limpar o petróleo do mar, segundo noticia o “Jornal Económico”. Uma descoberta que poderá ajudar a recuperar ecossistemas marinhos danificados por poluição.
Estudante de Química, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), César Filho explica que o projeto desenvolvido no âmbito do doutoramento que está a fazer, assenta no “desenvolvimento de um conjunto de géis com uma elevada capacidade de remediação de ambientes contaminados com petróleo”.
Um projeto que, por exemplo, poderia fazer com que a crise petrolífera da BP em 2010 não tivesse causado a morte de tantos seres marinhos e aves. Além de ser inovadora, esta solução apresenta-se com um custo relativamente baixo, que permite recuperar ambientes que tenham sido contaminados com hidrocarbonetos, que estão presentes no petróleo.
O investigador da FCTUC diz que optou por desenvolver um sistema polimérico em formato de gel porque estes conseguem ter um custo bastante reduzido, ainda que sejam criados com constituintes de origem natural e animal. César Filho utilizou no seu projeto uma substância designada quitosano, que pode ser encontrado nas carapaças de crustáceos como camarões, lagostas e caranguejos, e usou ainda pectina, uma fibra solúvel que pode ser extraída através de cascas de frutas cítricas, de maçãs e ainda através de batatas, tomates e beterrabas.
O estudante de doutoramento considera a sua descoberta como “promissora” por ser preparada através de “metodologias simples”. Os géis foram criados pela primeira vez a quatro mãos, sendo que César Filho teve a ajuda e supervisão do professor Artur Valente, do departamento de Química da FCTUC.
Os testes que foram realizados no laboratório da Faculdade de Coimbra, em amostras que imitam situações reais, revelam um futuro promissor, pois “apresentam uma elevada capacidade de remoção dos hidrocarbonetos do petróleo”. Embora os resultados sejam satisfatórios para os dois investigadores, o estudante admite que existe a necessidade de se realizar “mais estudos para que estes materiais possam ser utilizados em condições ambientais complexas”, como grandes catástrofes provocadas por erro humano, como a de 2010 no Golfo do México.
Mas as boas notícias não se ficam por aqui. César Filho garante que este não é o único projeto que está a ser desenvolvido pelo grupo de investigação a que pertence. Apesar de já conseguirem apresentar resultados para a remoção deste tipo de poluição, estão a desenvolver os mesmo géis com um potencial para “remoção de outros poluentes, que não hidrocarbonetos aromáticos”, o que vai permitir desenvolver outras potenciais aplicações.
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Fonte: Jornal Económico
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FonteRedação
