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- Big rider australiano considera que a Praia do Norte tem potencial para reclamar vidas e que quem nunca lá surfou 'não deveria opinar'.
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Ross Clarke-Jones é um dos big riders mais reputados do planeta, distinguindo-se ao longo dos anos em alguns dos mais temíveis spots de ondas grandes do planeta. Mesmo depois de chegar aos 50 anos, o australiano não abrandou e recentemente tem sido um dos surfistas mais assíduos nas sessões mais pesadas na Praia do Norte.
Para quem ainda não conhece a Nazaré, tem a possibilidade de acompanhar toda a ação através das nossas três web cams, em direto (Praia da Vila ; Praia do Norte Panorâmica ; Praia do Norte).
Foi na Nazaré, no final do mês de fevereiro, que apanhou um dos maiores sustos da sua vida. Clarke-Jones esteve à conversa com o Beachcam, o que resultou nesta entrevista exclusiva onde a Nazaré é tema central.
Beachcam – Aos 51 anos, o que te faz continuar nesta vida, a perseguir as maiores ondas do Mundo?
Ross Clarke-Jones – Na realidade, não estou a perseguir nada. As ondas é que vêm ter comigo. Eu coloco-me numa posição em que elas é que vêm ter comigo.
B – O que fez um dos mais reputados big riders mundiais virar atenções para a Nazaré, depois de ter surfado tantos outros spots famosos?
RCJ – Uma das principais razões foi o crowd. Prefiro surfar com apenas algumas pessoas na água. Dessa forma, a Nazaré é o sítio indicado para mim. Mas a razão principal é a especificidade única da onda da Praia do Norte.
B – O episódio por que passaste e as últimas sessões mostram que não existem razões para desconfiar do poder das ondas da Nazaré. Mas alguns big riders no passado classificaram-nas como “ondas moles”. O que pensas disso?
RCJ – A não ser que já tenhas surfado e experienciado esta onda… não deves fazer comentários sobre ela. Em algumas fotografias a onda pode parecer mole e gorda. Mas, cuidado. “Nunca julgues um livro pela capa”.
B – Protagonizaste o mais recente susto na Nazaré. Felizmente, com um final feliz. Julgas que este é um spot realmente perigoso e que um dia poderá vir a reclamar vítimas?
RCJ – Efetivamente, é um spot muito perigoso e tem potencial para reclamar vidas. Aquela “danger zone” onde eu estive torna impossível o resgate de um surfista, quer seja de terra ou do mar.
RCJ após o episódio que o colocou em perigo de vida, visivelmente fatigado após escalar a falésia na Praia do Norte.
B – Foi um dos maiores susto da tua carreira enquanto surfista?
RCJ – Não, nada disso. O pior foi ter de escalar a falésia. (risos)
B – Como um dos mais experientes e reputados big riders mundiais o que tens a dizer sobre as últimas sessões na Nazaré e o recorde mundial para a maior onda surfada? Para ti qual foi a maior onda surfada nestas recentes sessões?
RCJ – Não sei qual foi a maior, por isso é difícil responder. Apenas sei que todos nos divertimos imenso e que apanhámos ondas incríveis.
RCJ na cerimonia de colocação da sua prancha na Surfer Wall no forte da Nazaré.
B – Após terminar a temporada das ondas grandes na Nazaré, o que está a planear fazer ou visitar em Portugal?
RCJ – Estou a planear passar algum tempo no Porto. E também explorar alguns castelos.
Ross Clarke-Jones no entretanto foi um dos principais protagonistas no programa 60 Minutes em exclusivo sobre a Nazaré. Clica aqui para ver o vídeo completo.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, pode usufruir da nossa rede de livecams e reportspreparada para essa finalidade.
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