Homepage

  • Clima pode tornar Portugal sem praias e sem turismo
    20 março 2018
    arrow
    arrow
  • Portugal pode mudar drasticamente em meio século, com as alterações climáticas a tornarem o país mais desértico.
  • O Nobel da Paz Rajendra Pachauri alertou, nesta segunda-feira, para as alterações climáticas que afectarão as praias, a agricultura, a pesca e até o vinho.

    Vídeo criado pela comunidade Algarvia, em prol transição climática!

    Portugal pode mudar drasticamente em meio século, com as alterações climáticas a tornarem o país mais desértico, a afectarem as praias, a agricultura, a pesca e até o vinho, alertou nesta segunda-feira o Nobel da Paz Rajendra Pachauri.

    Pachauri, que foi Nobel da Paz em 2007, foi nesta segunda-feira um dos oradores numa conferência sobre alterações climáticas no âmbito do ciclo Conferências do Estoril.

    O responsável foi presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, e é o fundador e mentor do movimento Protect Our Planet (POP).

    Nesta segunda-feira, perante uma sala cheia de jovens na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, falou do projecto POP e começou por salientar que a melhor forma de lidar com as alterações climáticas é envolver os jovens, exortando-os depois a consumir menos e comer melhor (“Comam menos carne, serão mais saudáveis e é bom para o planeta”) e a plantarem árvores, para que a Península Ibérica não tenha no futuro o clima que hoje tem o Norte de África.

    O especialista lembrou aos presentes que as temperaturas e o nível do mar (com tsunamis mais devastadores) têm vindo a subir desde meados do século passado, à medida que as emissões de gases com efeito de estufa também aumentaram, e salientou que situações climáticas extremas observadas desde 1950 estão relacionadas “com a interferência humana”.

    “O Árctico deixará de ter gelo”

    E depois, acrescentou, se nada for feito em relação a essas emissões, no futuro os fenómenos extremos serão mais frequentes e intensos e, por exemplo, o Árctico deixará de ter gelo. “Já imaginaram isso? Vai ser no vosso tempo”, disse.

    E o Sul da Europa, onde Portugal se inclui, vai ver o avanço do mar, mudanças no turismo e na agricultura, o mar terá peixes diferentes dos que se costumam consumir agora, a vinha vai mudar e haverá mais mortes e doenças.

    “O que é que estamos a fazer ao nosso planeta? Não temos outro sítio para onde ir”, disse Rajendra Pachauri, que se afirmou, ainda assim, um optimista e que salientou três acções que terão de ser tidas em conta desde já para mitigar os efeitos das alterações climáticas: o uso mais eficiente da energia, usar energias limpas e reduzir a desflorestação.

    As alterações climáticas são reais, estão a afectar-nos, são más, são comprovadas cientificamente e ainda há esperança, disse, centrando o seu optimismo no combate às alterações que está a ser feito um pouco por toda a parte.

    “Gostaria que o meu país, a Índia, fizesse mais”, disse, concluindo que sem mudanças para reduzir as emissões de gases, a vida no planeta vai tornar-se “muito mais difícil”.

    Na mesma linha, o secretário de Estado adjunto e do Ambiente, José Mendes, lembrou que Portugal está a sentir os efeitos das alterações climáticas, como as altas temperaturas, os grandes incêndios ou a erosão costeira, mas salientou que “ninguém no planeta” deixa de ser afectado.

    “Este é o momento para a acção. Já temos o diagnóstico, o tempo de agir é agora. E a acção é a adaptação (às alterações) e a mitigação”, disse, salientando a necessidade de se viajar de forma mais sustentável e de se aumentar a eficiência energética dos veículos. E depois, concluiu, é preciso proteger o planeta, mas proteger também as pessoas mais vulneráveis.

    Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, que encerrou a conferência, alertou para o facto de as alterações climáticas não serem algo que vai apenas afectar as pessoas do futuro. “Já são os meus netos que serão prejudicados, se não fizermos nada, não é ninguém desconhecido”, disse.

    Rajendra Pachauri já tinha também chamado a atenção para a proximidade temporal dos efeitos maiores das alterações. E sempre focado nos jovens deixou um último recado: “Os jovens têm se ser parte da solução, não do problema.”

     

    Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, pode usufruir da nossa rede de livecams e reportspreparada para essa finalidade.

    Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!

    Segue o Beachcam.pt no Instagram

    Fonte: Público

    Foto: USN

Tags
  • Alterações climáticas
  • clima
  • nobel da paz
  • Rajendra Pachauri
  • meteorologia
  • Aquecimento global
  • Deserto
  • praia
  • praias
  • turismo
  • Portugal
  • pesca
  • agricultura
  • vinho
similar News
similar
junho 04
Frederico Morais e Kika Veselko são os resistentes da seleção lusa no quadro principal do Mundial ISA
junho 03
Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins caem para as repescagens em El Salvador
junho 02
Portugal vê primeiro surfista cair na repescagem do Mundial ISA de El Salvador
junho 01
Não houve vítimas mortais nas praias portuguesas em maio
maio 30
Houve mais de 200 interações entre orcas e barcos na costa atlântica ibérica em 2022
junho 01
Praias da Caparica estão entre as 20 mais 'instagramáveis' da Europa
junho 02
Chuva e trovoada colocam 12 distritos sob aviso amarelo