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- Mais efetivo que o 32.º posto é o facto de este super resultado ter deixado Frederico Morais a pouco mais de 3 mil pontos do “cut”.
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No rescaldo do brilhante resultado conseguido por Frederico Morais no Oi Rio Pro, onde apenas foi travado nas meias-finais por Filipe Toledo, que viria a ser o unânime vencedor do evento brasileiro, é justo dizer que o surfista português entrou na corrida pela qualificação para o WCT 2020, mesmo estando no Tour como suplente. Frederico Já é um dos nomes mais preparados para fazê-lo pelo WQS, mas agora encontrou uma segunda via pelo WCT.
O 3.º posto alcançado por Kikas em Saquarema valeu-lhe 6.085 pontos e rendeu uma subida até ao 32.º posto do ranking. Com apenas duas etapas disputadas, o surfista de Cascais soma 6.350 pontos, uma vez que a derrota de primeira em Margaret River pouco contou, e já está mesmo à frente de surfistas que pertencem a tempo inteiro à elite mundial e que estiveram até ao momento em todas as provas. São eles Zeke Lau, Jadson Andre – este já praticamente requalificado pelo WQS - e Soli Bailey.
Mas mais efetivo que o 32.º posto é o facto de este super resultado ter deixado Frederico Morais a pouco mais de 3 mil pontos do “cut”, ou seja, dos 22 primeiros lugares que dão a qualificação direta para 2020. Ora, essa diferença pode ser esbatida com um 9.º lugar, dependendo, logicamente, dos resultados dos outros surfistas. Dessa forma, é justo dizer que, mesmo como segundo suplente do WCT, Kikas entrou na luta e pode mesmo sonhar com a qualificação.
Ora, apesar de estar dependente de infortúnios de outros surfistas ou de simples desistências, é possível que Frederico consiga entrar na próxima etapa. E onde é? Jeffreys Bay! A etapa que mais condiz com o surf do português e onde ele já fez história ao chegar à final em 2017 – no ano passado conseguiu um igualmente positivo 9.º lugar. E isso são boas notícias para Kikas e para o surf nacional.
E a probabilidade de Kikas estar na etapa sul-africana até pode ser redobrada. É certo que neste momento Leo Fioravanti deverá ficar de fora por lesão durante várias semanas. Algo que coloca Caio Ibelli dentro da etapa. Depois há muitas incógnitas em relação a Mikey Wright, que tem dado o lugar a Frederico nas duas últimas etapas. E há igualmente muitas dúvidas em torno da lesão sofrida por John John Florence durante o Oi Rio Pro. Mais. A etapa de J-Bay tem a Corona como principal patrocinador, pelo que a WSL fica com uma das duas vagas de wildcards para oferecer a quem entender – a primeira será para o vencedor dos trials locais.
Tendo em conta as performances que Kikas já fez em Jeffreys e o resultado mais recente do português no Brasil, olhando ainda para o critério recente de atribuição, como aconteceu, por exemplo, no ano passado com Mikey Wright, que recebeu convites para várias etapas, incluindo o J-Bay Open, é justo pensarmos que Frederico Morais não vai ter sequer de esperar por lesões para marcar a viagem rumo às icónicas direitas sul-africanas.
Mas há mais, claro. A presença de Kikas em Jeffreys e um resultado forte que daí possa resultar, não só poderá colocar o surfista português dentro dos lugares de qualificação, como ainda o poderá lançar numa eventual qualificação olímpica via WCT. Fazendo as contas ao top 10 desta corrida a Tóquio’2020, neste momento as contas fecham no francês Jeremy Flores, que já está com quase de 8 mil pontos de vantagem. Ainda assim, Morais acabou de demonstrar que não há impossíveis.
Resta ao surfista de Cascais continuar a ter oportunidades. Além de J-Bay, a presença em Portugal também é praticamente garantida, faltando apenas perceber se haverá mais vagas na segunda metade da temporada, isto, claro, sem desejar qualquer tipo de mal aos seus adversários no WCT.
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FotografiaWSL
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FonteJoão Vasco Nunes
